
-
Palmeiras vence Cerro Porteño (1-0) e é líder isolado do Grupo G da Libertadores
-
Líderes latinos prometem união frente a guerra comercial dos EUA
-
Flamengo perde para Central Córdoba (2-1) no Maracanã pela 2ª rodada da Libertadores
-
Mau tempo impede Amazon de lançar primeiros satélites de sua constelação de internet
-
Com 2 gols de Messi, Inter Miami vence Los Angeles FC de virada na Copa dos Campeões da Concacaf
-
Resolução orçamentária de Trump atrasa na Câmara em meio a oposição republicana
-
Israel afirma que se apoderou de 'vastos setores' de Gaza
-
As tarifas de Trump por país e setor
-
Bahia vence Nacional (1-0) no Uruguai e é líder provisório do Grupo F da Libertadores
-
República Dominicana encerra buscas após colapso de casa noturna que deixou 124 mortos
-
Ex-funcionária acusa Meta de ocultar colaboração com a China
-
Congressistas republicanos ameaçam atrasar orçamento de Trump
-
EUA quer 'reviver' bases militares no Canal; Panamá descarta
-
'Guerras comerciais não têm vencedores', diz Lula na cúpula da Celac
-
Com gol de Raphinha, Barça goleia Dortmund (4-0) e coloca um pé nas semis da Champions
-
República Dominicana encerra buscas nos escombros de casa noturna com ao menos 124 mortos
-
EUA negocia acordo para que seus navios de guerra não paguem pedágio no canal do Panamá
-
PSG vence Aston Villa (3-1) em casa pelo jogo de ida das quartas da Champions
-
Trump "pausa" tarifas por 90 dias, mas intensifica guerra comercial com a China
-
Matic, do Lyon, diz que Onana é "um dos piores goleiros da história do United"
-
Rússia está 'arrastando' Pequim para conflito ao recrutar chineses, diz Zelensky
-
Líderes da América Latina debatem em Honduras enquanto Trump 'redesenha' mapa econômico
-
Pelo menos 5 clubes da Premier League disputarão a próxima Champions
-
Djokovic é eliminado por Tabilo na 2ª rodada do Masters 1000 de Monte Carlo
-
Trump 'pausa' parte de tarifas para aliados e eleva a 125% taxas para a China
-
Honduras pede unidade à Celac frente a 'tarifaço' de Trump
-
Parentes de desaparecidos em desabamento na República Dominicana esperam por um milagre
-
Rei Charles III relembra valores compartilhados e defende paz na Itália
-
Indígenas de América Latina e Oceania tecem aliança inesperada frente à COP30
-
Autor de ameaça a juíza que condenou Le Pen pega prisão condicional na França
-
Guerra comercial mundial entra em uma espiral
-
Há 8.500 anos, caçadores-coletores conseguiram atravessar o Mediterrâneo até Malta
-
Príncipe Harry insiste em recuperar proteção policial com sua vida 'em jogo'
-
Chefe do Pentágono alerta para expansão 'excessiva' da China no Ocidente
-
Peter Navarro, o 'senhor tarifas' de Trump atacado por Musk
-
Milei enfrenta terceira greve geral na Argentina, à espera de acordo com FMI
-
Amazon lançará primeiros satélites de sua constelação para a internet
-
Acordo de governo na Alemanha busca enfrentar 'desafios históricos'
-
Tragédia em boate na República Dominicana deixa mais de 120 mortos
-
China e UE respondem às tarifas dos EUA e intensificam guerra comercial
-
Radiografia das máfias do narcotráfico que semeiam o terror no Equador
-
Operadora do Canal do Panamá nega alegações de auditoria do governo
-
Mundo cultural francês é convocado a se mobilizar após relatório sobre abusos sexuais
-
Alcaraz supera Cerúndolo e avança às oitavas de final em Monte Carlo
-
Delicada operação de restauração de navio de guerra sueco que afundou há 4 séculos
-
China responde EUA com tarifas de 84% e intensifica guerra comercial
-
Bolsa de Metais de Londres, o último mercado financeiro movido a gritos da Europa
-
Futuro chefe de Governo alemão conclui negociações para formar coalizão
-
China tenta imunizar sua economia contra as tarifas de Trump
-
UE busca resposta equilibrada entre negociação e retaliação às tarifas dos EUA

'A floresta é minha casa', clama indígena contra a exploração de petroleiras no Equador
Carregando uma longa zarabatana e dardos com curare, um veneno extraído de plantas, Kominta Yate expressa sua vontade de lutar contra um gigante no coração da Amazônia equatoriana. "A selva é minha casa", alerta diante da presença de petroleiras que exploram a rica região em que vive.
"A floresta é um lar gratuito para mim, é minha casa e não quero que estranhos entrem em meu território", disse à AFP este caçador ancião waorani que mora no povoado de Bameno, na província de Pastaza (sudeste do Equador e fronteira com o Peru).
Esta pequena comunidade, às margens do rio Cononaco e na qual vivem cerca de 200 pessoas, se opõe às atividades extrativistas em Yasuní, um parque nacional que faz parte de uma das reservas de biosfera mais diversas do mundo.
"Não quero que uma petroleira chegue ao meu território. Quero viver livremente em um lugar saudável", afirma ele em sua língua (wao terere).
A decisão está nas mãos dos equatorianos no dia 20 de agosto, data marcada para as eleições gerais antecipadas e, também, para uma consulta popular que decidirá sobre uma possível suspensão da exploração de petróleo bruto no bloco estratégico ITT, localizado dentro do parque e do qual são extraídos 12% dos 466 mil barris diários produzidos no país.
O governo, que se opõe à consulta, prevê a perda de US$ 16,5 bilhões (cerca de R$ 78 bilhões, na cotação atual) em 20 anos, caso a exploração de petróleo seja interrompida.
Os Waorani, com cerca de 4.800 membros e proprietários de cerca de 800.000 hectares nas províncias amazônicas de Orellana, Pastaza e Napo, estão divididos. Alguns apoiam as petrolíferas e outros as rejeitam, como em Bameno, que por enquanto está longe da exploração de hidrocarbonetos.
A Constituição do Equador reconhece que os povos originários "têm a propriedade coletiva da terra, como uma forma ancestral de organização territorial", mas mantém a autoridade do Estado sobre o subsolo.
- Lança a postos -
A indústria petrolífera "destrói o ambiente em que vivo", denuncia o ancião através de Elisa Enqueri, uma jovem wao que trabalha como tradutora.
"Minha avó diz que lutaria com a lança. Ela tem energia e ainda se sente jovem (...) para não permitir que pessoas estranhas venham aqui", diz a ativista que defende a integridade do Yasuní.
O parque nacional tem um milhão de hectares e abriga vários povos indígenas, incluindo duas tribos relacionadas aos Wao que permanecem em isolamento voluntário.
Os Taromenane e Tagaeri, que evitam contato com estranhos, são rivais e já entraram em conflito deixando vítimas entre as duas etnias. Também já atacaram trabalhadores das petroleiras e madeireiros com lanças.
A atividade de extração do petróleo "afeta o seu modo de vida e coloca suas vidas em risco. Há um sério risco de etnocídio, de extermínio total dessas comunidades", disse Pedro Bermeo, advogado e porta-voz da Yasunidos, coalizão de organizações ambientalistas que promoveu o referendo sobre o ITT.
O Tribunal Constitucional endossou a consulta depois de a coligação ter consignado as assinaturas de apoio exigidas por lei.
De acordo com a Universidade de São Francisco de Quito, foram identificadas duas mil espécies de árvores, 610 aves, 204 mamíferos, 150 anfíbios, 121 répteis e 100 mil artrópodes no Parque Nacional de Yasuní.
Moi Guiquita, outro jovem Wao, afirma que "tem sido cada vez (...) mais abrupta" a entrada das petroleiras no local, onde existem outros campos petrolíferos que estão em operação desde antes do ITT, que começou a ser explorado em 2016.
"Há uns 60 anos eles estavam muito mais longe, mas cada vez estão mais perto" de Bameno, acrescenta o ambientalista, lembrando que para escapar das consequências da atividade petrolífera "não podemos ir mais longe porque já não há mais" áreas livres de extrativismo em sua região.
K.Thomson--BTB