Berliner Tageblatt - Leiloados na França objetos apreendidos do narcotráfico

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Leiloados na França objetos apreendidos do narcotráfico
Leiloados na França objetos apreendidos do narcotráfico / foto: © AFP

Leiloados na França objetos apreendidos do narcotráfico

Um tribunal de Paris leiloou, nesta terça-feira (25), bens apreendidos em casos de narcotráfico, entre eles um veículo Lamborghini, bolsas de marcas de luxo, relógios e joias.

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O leilão aconteceu em uma sala do Palácio da Justiça e permitiu arrecadar 1,28 milhão de euros (7,1 milhões de reais), informou a Agência de Gestão e Recuperação de Bens Apreendidos e Confiscados (Agrasc, na sigla em francês).

Desde 2011, essa entidade gerencia os bens apreendidos pela justiça. O dinheiro arrecadado se destina a um programa governamental de luta contra as drogas.

A sala estava cheia e "mais de 11.000 pessoas" se inscreveram nas plataformas de venda digitais, indicou um organizador.

Entre os presentes estava Cláudio, um ex-empresário de 67 anos, que preferiu não dar seu sobrenome. "Tenho tempo. Há artigos de luxo que são fora do normal, vim vê-los e, porque não, comprá-los", disse. Seu orçamento era de "30.000 a 40.000 euros" (R$ 166 mil a R$ 222 mil), acrescentou.

Catherine, uma aposentada de 69 anos, também chegou ao evento "por curiosidade, pelo lugar e também pelos lotes interessantes".

O Lamborghini branco estava estava estacionada em frente ao edifício. Começou o leilão com um preço de €160.000 (R$ 888.000), mas diante da falta de ofertas, baixou para €120.000 (R$ 666.000).

Nesse momento, um homem que estava atendendo uma chamada telefônica levantou a mão. Porém, um internauta se antecipou e ofereceu 122.000 euros (R$ 677.000). O lance chegou finalmente aos 138.000 euros (R$ 766 mil) e ali parou. "Vendido!", gritou, então, o leiloeiro.

Duzentos e setenta e sete lotes de objetos foram apreendidos de pessoas envolvidas em casos de narcotráfico, por isso são considerados peças adquiridas com dinheiro procedente de delitos.

- Marcas de luxo -

Tênis, bolsas e carteiras da Gucci, Yves Saint-Laurent e Louis Vuitton foram expostas na primeira hora da manhã sob a cúpula da sala.

Um manequim vestia um pijama de seda da marca Dior. Também havia móveis, um quadriciclo, uma bicicleta, consoles de videogame e aspiradores.

Em outra sala, estavam expostos pares de sapatos da marca francesa Louboutin e acessórios como relógios Rolex, joias e moedas de ouro.

A Agrasc organiza regularmente esse tipo de leilões, mas esse ocorreu pela primeira vez em um "local de justiça", destacou seu diretor-geral, Nicolas Bessone.

O ministro francês da Justiça, Eric Dupond-Moretti, fez uma breve visita ao lugar, acompanhado do ministro delegado das Contas Públicas, Gabriel Attal.

"Este dinheiro do crime servirá para lutar contra os narcotraficantes e ajudar os toxicodependentes", declarou Dupond-Moretti.

As quantias recolhidas nesta terça se somam aos 185.000 euros (R$ 1.02 milhão) arrecadados em outros lances realizados nos últimos dias nos territórios ultramarinos franceses.

Em 2022, a Agrasc vendeu objetos por um valor de 15,9 milhões de euros (R$ 88 milhões) e apreendeu imóveis no valor bruto de 35,2 milhões de euros (195 milhões de reais).

Y.Bouchard--BTB

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