- Juíza arquiva caso contra Trump por interferência eleitoral
- Presidente eleito do Uruguai visita seu mentor Mujica após vitória
- Judeus homenageiam em Israel rabino morto nos Emirados Árabes
- Biden assistirá à posse de Trump
- West Ham vence Newcastle e alivia pressão sobre Lopetegui
- Batalha legal para libertar irmãos Menéndez é adiada para janeiro
- Goleiro Vicario, do Tottenham, passa por cirurgia no tornozelo direito
- Procurador de Manhattan se antecipa à posse de Trump e anuncia demissão
- 'Mantenha a calma e continue grugulejando', diz Biden em último perdão a peru de Ação de Graças
- Um Barça ferido recebe o Brest na Champions para sair da crise
- Ministro da Agricultura apoia boicote de fornecedores de carne ao Carrefour
- Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos
- Naufrágio de barco turístico deixa 16 mortos no Egito
- Alemanha sugere possibilidade de interferência em acidente fatal com avião na Lituânia
- City pode conquistar 'grandes coisas' apesar de série ruim, diz Guardiola
- Promotor especial recomenda rejeitar acusação contra Trump por suposta ingerência eleitoral
- PSG põe seu futuro em jogo na Champions diante do Bayern em Munique
- Rede Macy's revela que funcionário ocultou US$ 154 milhões em despesas
- Israel se manifestará na terça-feira sobre cessar-fogo com Hezbollah; EUA diz que acordo está ‘próximo’
- Nadadora olímpica australiana McKeon se aposenta aos 30 anos
- Elon Musk quer substituir aviões de combate americanos por drones
- Raulzinho assina com Barcelona até o fim da temporada
- Audiência de jogadores de rúgbi franceses acusados de estupro na Argentina será retomada na terça
- Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro
- Governo colombiano anuncia 'nova etapa' nos diálogos de paz com o ELN
- Ministros do G7 discutem trégua no Oriente Médio durante reunião na Itália
- Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais
- Patrocínio de fabricante de armas gera alvoroço no Borussia Dortmund
- Notre-Dame desperta o amor e consegue a ajuda dos americanos após incêndio
- Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito
- Novos bombardeios israelenses em subúrbio de Beirute e 12 mortos no sul do Líbano
- Primeira fase da Champions chega à sua metade final com importante Bayern-PSG
- Nove migrantes morrem em dois naufrágios na Grécia
- Gangues do Haiti generalizam uso da violência sexual, diz HRW
- Irmãos Menéndez voltam ao tribunal em meio à campanha por sua libertação
- Vini Jr. sofre lesão e perderá duelo da Champions contra Liverpool
- Mulheres na Índia são vítimas da tecnologia para vigiar a fauna selvagem
- Candidato pró-Rússia e prefeita de pequena cidade avançam ao 2º turno na Romênia
- MP francês pede 20 anos de prisão para marido que drogou e estuprou a mulher
- Uma mulher é assassinada pelo parceiro ou por um parente a cada 10 minutos no mundo
- Yamandú Orsi, o discípulo de Mujica eleito no Uruguai
- Yamandú Orsi vence 2º turno e esquerda retorna ao poder no Uruguai
Terremoto no Marrocos deixa mais de mil mortos
Pelo menos 1.037 pessoas morreram devido a um poderoso terremoto de magnitude 6,8 que abalou o Marrocos na noite de sexta-feira (8), espalhando o pânico na cidade turística de Marrakech, perto do epicentro, segundo um novo relatório oficial divulgado neste sábado (9).
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (19h11 no horário de Brasília).
O Centro Nacional de Pesquisa Científica e Técnica do Marrocos (CNRST) indicou uma magnitude de 7.
O terremoto deixou pelo menos 1.037 mortos e 1.204 feridos, "dos quais 721 estão em estado crítico", informou o Ministério do Interior em comunicado.
No balanço anterior, de 820 mortos, a maioria das vítimas (394) foi registrada em Al Hauz, província do epicentro do terremoto, e em Tarundant (271), mais ao sul.
- Fossas cavadas -
Na cidade de Moulay Brahim, em Al Haouz, as equipes de resgate trabalharam neste sábado em busca de sobreviventes nos escombros.
Perto dali, vizinhos já cavavam fossas em uma colina para enterrar as vítimas, segundo uma equipe da AFP presente no local.
O Exército marroquino mobilizou “importantes recursos humanos e logísticos, aéreos e terrestres”, como equipes de busca e resgate e um hospital de campanha em Al Haouz, informou a agência estatal de notícias MAP.
Em Marrakech, marroquinos visivelmente atordoados inspecionavam os danos nas suas casas entre pilhas de escombros, poeira e carros esmagados por pedras.
O choque foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e em cidades costeiras como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia, onde as autoridades descartaram danos ou vítimas.
A Presidência da Argélia anunciou neste sábado à tarde a abertura de seu espaço aéreo, que estava fechado para Marrocos há dois anos, para os aviões com ajuda humanitária destinados às vítimas do terremoto.
A mídia marroquina informou que este é o terremoto mais poderoso registrado neste reino no norte da África.
- "Entramos em pânico" -
Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores deixando edifícios aterrorizados em meio ao tremor, destroços caindo de casas em vielas estreitas e veículos cobertos de pedras.
Um delas mostra o minarete de uma mesquita que desabou na famosa praça Jemaa el Fna, no coração de Marrakech, causando ferimentos a duas pessoas.
Um correspondente da AFP viu centenas de pessoas reunidas nesta praça emblemática para passar a noite ali com medo de tremores secundários. Alguns com cobertores e outros dormiam diretamente no chão.
“Estávamos caminhando por Jamaa el Fna quando a terra começou a tremer, foi realmente uma sensação assustadora”, disse à AFP na praça Houda Outassad.
“Estamos sãos e salvos, mas ainda em estado de choque”, acrescentou esta moradora, que perdeu dez familiares em Ijoukak, uma aldeia rural em Al Haouz.
Mimi Theobald, uma turista inglesa de 25 anos, estava com alguns amigos prestes a comer sobremesa na esplanada de um restaurante "quando as mesas começaram a tremer, os pratos a voar. Entramos em pânico".
- "Gritos e prantos" -
Fayssal Badour, de 58 anos, estava voltando para casa quando percebeu o tremor. “Parei e percebi a catástrofe. Foi muito grave (…) Os gritos e prantos eram insuportáveis”, relatou.
O francês Michael Bizet, dono de três estabelecimentos turísticos em casas tradicionais (riads) na cidade velha de Marrakech, disse que o tremor o acordou durante o sono.
“Saí para a rua meio nu e fui ver os riads. Foi um caos total, uma verdadeira catástrofe, uma loucura”, explicou.
O rei da Espanha, Felipe VI, disse estar "desolado ao receber a notícia do violento terremoto (...) que deixou um altíssimo número de vítimas mortais".
O chanceler espanhol, José Manuel Albares, ofereceu apoio aos esforços de resgate, e o seu homólogo britânico, James Cleverly, também se mostrou "disposto a ajudar o Marrocos".
A França, que tem uma grande população de origem marroquina, manifestou a sua “solidariedade” e o seu presidente, Emmanuel Macron, disse estar “em choque”.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodomir Zelensky; da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da China, Xi Jinping também expressaram as suas condolências e solidariedade.
A União Africana expressou a sua “grande dor” pela tragédia.
Na cúpula do G20 em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.
O papa Francisco manifestou neste sábado a sua solidariedade aos marroquinos. "O papa expressa a sua profunda solidariedade às vítimas desta tragédia", afirma uma mensagem enviada ao Marrocos pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
O reino alauita sofre terremotos frequentes em sua região norte porque está entre as placas africana e euroasiática.
Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terramoto atingiu Al Hoceima, no nordeste do país.
A.Gasser--BTB