Berliner Tageblatt - Durante julgamento, cofundador da FTX admite erros, mas nega ter cometido fraude

Durante julgamento, cofundador da FTX admite erros, mas nega ter cometido fraude
Durante julgamento, cofundador da FTX admite erros, mas nega ter cometido fraude / foto: © AFP/Arquivos

Durante julgamento, cofundador da FTX admite erros, mas nega ter cometido fraude

O cofundador da falida plataforma de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, admitiu, nesta sexta-feira (27), que cometeu erros de gestão, mas negou ter enganado seus clientes, durante a audiência de seu julgamento em Nova York na qual prestou depoimento.

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"Cometi vários pequenos erros e um grande número de erros", respondeu o acusado a um de seus advogados, Mark Cohen. "De longe, o erro mais importante foi não ter uma equipe dedicada ao gerenciamento de risco", acrescentou.

"Cometeu alguma fraude?", perguntou o advogado, ao que o ex-executivo respondeu categoricamente: "Não cometi". "Roubou dinheiro de seus clientes?", continuou o advogado. "Não", repetiu Bankman-Fried.

O cofundador da FTX, conhecido na indústria pela sigla SBF, é acusado de desviar, sem consentimento, dinheiro de clientes da plataforma de câmbio de criptodivisas FTX para alimentar investimentos de risco de um fundo da companhia, o Alameda Research, mas também para comprar imóveis nas Bahamas.

Em novembro de 2022, a plataforma quebrou, incapaz de fazer frente aos pedidos de saque dos clientes, preocupados com as operações da companhia.

Quando a poeira baixou, o rombo era de cerca de 8,7 bilhões de dólares (R$ 43 bilhões, na cotação atual), segundo o administrador que responsável pela liquidação.

Os clientes da FTX poderão recuperar a maior parte de seus recursos, com base em um plano proposto pelo administrador designado.

O cofundador da companhia, Gary Wang, e a ex-diretora-geral e ex-namorada de Bankman-Fried, Caroline Ellison, estão colaborando com a Promotoria e relataram que o ex-executivo tinha conhecimento da situação financeira da FTX e não fez nada para mudá-la.

SBF foi extraditado no fim de dezembro das Bahamas, onde ficava a sede da FTX, e foi liberado com uma fiança de 250 milhões de dólares (cerca de 1,2 bilhão de reais) ao chegar a Nova York. Se for condenado, pode passar décadas na prisão.

F.Pavlenko--BTB