- Manchester City cede empate em casa com Feyenoord (3-3) na Champions
- Bayern vence PSG (1-0) e complica vida dos franceses na Champions
- Barcelona se reencontra com a vitória ao bater o Brest (3-0) na Champions
- Trump irrita México e Canadá com ameaça tarifária
- Venezuela anuncia que vai rever relações com G7 por apoio a opositor
- Israel aprova acordo de cessar-fogo com Hezbollah no Líbano
- Jogos Pan-Americanos de Lima-2027 serão disputados entre julho e agosto
- Milhares de indígenas acampam em Bogotá e exigem reunião com governo colombiano
- Uruguai vira à esquerda e se mantém alheio à polarização na América Latina
- Governo do Chile desacredita denúncia de assédio sexual contra Boric
- PF diz que Bolsonaro teve 'participação ativa' em plano de golpe em 2022
- Atlético de Madrid goleia Sparta Praga (6-0) fora de casa na Champions
- MP pede até 16 anos de prisão para coacusados em caso Pelicot na França
- Israel anuncia que adotará cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano "esta noite"
- Argélia decreta prisão preventiva do escritor Boualem Sansal
- Trump traz de volta política por mensagens nas redes sociais
- Real Madrid visita Liverpool em clássico da rodada da Champions
- PGR recebe inquérito para decidir se denuncia Bolsonaro por tentativa de golpe
- Milhares de ingídenas acampam em Bogotá e exigem reunião com governo colombiano
- Javier Mascherano é anunciado como novo técnico do Inter Miami
- Jogo entre Ajax e Lazio será disputado sem torcida visitante por questões de segurança
- Carrefour faz 'mea culpa' após controvérsia sobre carne brasileira
- Trump irrita México e Canadá com ameaça de tarifas de 25%
- John Textor, o polêmico magnata que reergueu o Botafogo
- Botafogo e Atlético-MG na final da Libertadores: vitória das SAFs?
- Lei de inimigos estrangeiros, a arma de Trump contra os migrantes
- Rússia promete 'responder' a novos disparos ucranianos de mísseis americanos
- Israel analisa acordo de cessar-fogo com Hezbollah e segue bombardeando o Líbano
- México alerta Trump que imposição de tarifas não impedirá migração e drogas nos EUA
- Carrefour lamenta que 'declaração de apoio' a agricultores franceses tenha sido mal interpretada no Brasil
- Secretário-geral da ONU critica redes sociais e IA 'sem controle'
- Israel se pronuncia sobre acordo de cessar-fogo com o Hezbollah
- Ucrânia recusa destruir seu estoque de minas antipessoais devido à invasão russa
- Julgamento contra parentes e amigos de Pogba por extorsão começa em Paris
- Presidente do Chile nega denúncia de assédio sexual
- O lento avanço na batalha contra o HIV e a aids
- Huawei lança primeiro 'smartphone' com sistema operacional próprio
- Burros de Gaza são uma ajuda vital em tempos de guerra
- Papai Noel espera pela neve em um Ártico cada vez mais quente
- Merkel recorda sem remorsos a crise dos refugiados e as relações com a Rússia
- Quatro agentes morrem em protestos de seguidores de ex-premiê paquistanês detido
- Redes sociais criticam restrição a menores de idade na Austrália
- Trump promete tarifas de 25% a México e Canadá contra drogas e 'imigrantes ilegais'
- Juíza arquiva caso contra Trump por interferência eleitoral
- Presidente eleito do Uruguai visita seu mentor Mujica após vitória
- Judeus homenageiam em Israel rabino morto nos Emirados Árabes
Ativistas judeus e árabes percorrem Tel Aviv com mensagens de paz
A noite cai, e uma dezena de ativistas, com cartazes e cola nas mãos, percorrem as ruelas de Jaffa. Seu objetivo: cobrir os muros desse bairro misto de judeus e árabes de Tel Aviv com suas mensagens pacifistas.
Eles pouco se importam com o fato de estas serem inaudíveis no clima de extrema tensão atual, tendo como pano de fundo a guerra entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas.
"Não à violência, não ao racismo", diz o cartaz afixado pelo organizador, Amir Badran, um advogado que teve de renunciar a ser o primeiro candidato árabe a prefeito de Tel Aviv.
As eleições marcadas para outubro foram adiadas por causa do conflito.
"Parece algo trivial e simples, mas, hoje em dia, com a loucura que vivemos aqui em Jaffa, essas palavras são consideradas indesejáveis", lamenta.
Por este tipo de ação, "somos considerados traidores', explica ele à AFP.
Jaffa, no sul de Tel Aviv, é um bairro gentrificado onde árabes-israelenses, cristãos, ou muçulmanos descendentes de palestinos expulsos em 1948 representam apenas 26% da população, segundo dados municipais.
Desde 7 de outubro, a maioria dos negócios do antigo bairro otomano permanece fechada.
"Todo o mundo fica em casa. As pessoas estão com medo, tanto os judeus quanto os árabes", comenta Badran.
Em sua memória permanecem os acontecimentos sem precedentes de maio de 2021, quando, em paralelo à última guerra em Gaza, foram erguidas barricadas no meio de Jaffa. As tentativas de linchamento de judeus, ou árabes, assim como os ataques a locais de culto, foram evitados no limite.
- "Perigoso" -
Os membros desse grupo procuram manter a calma nas ruas e planejam se mobilizar em caso de situações tensas, como manifestações de grupos radicais.
As ONGs denunciam um clima de suspeita generalizada e um aumento das detenções, cuja razão costuma ser as publicações on-line consideradas "incitação ao terrorismo".
"Escrever 'Lamento pelas crianças de Gaza' nas redes sociais agora é perigoso", lamenta Ghassan Ashkar. Este ator do teatro judaico-árabe de Jaffa sente "a louca complexidade" de sua dupla identidade árabe e israelense.
"Por um lado, amanhã vou ao túmulo do meu amigo diretor de cena, um judeu morto em Nova (festival atacado pelo Hamas), e, por outro, posso ser preso a qualquer momento por ser um 'inimigo' desse governo israelense", explica.
- "Gota d'água" -
Vários jovens israelenses de esquerda participaram da operação para colar cartazes na noite de quinta-feira.
Eles representam a ínfima minoria que pede o fim imediato dos combates no território palestino, onde mais de 11.000 pessoas, a maioria civis, foram mortas em bombardeios israelenses, segundo o Hamas.
Essa ofensiva se dá após o massacre de cerca de 1.200 pessoas em 7 de outubro em Israel, segundo as autoridades, pelas mãos do Hamas.
"Não posso mais aceitar essa acusação de que todos os árabes são como o Hamas", diz Lior Fogel, de 18 anos, acrescentando que "uma sociedade funciona, se as pessoas compreendem que há pessoas boas em todos os lados".
A jovem também diz estar "decepcionada com a esquerda estrangeira, que tem razão sobre Gaza, mas se nega a compreender o sofrimento do 7 de outubro" para os israelenses.
"Somos uma gota d'água num oceano de ódio, mas se essa gota não estiver lá, quem vai expressar as coisas que queremos dizer?", questiona essa ativista, com um rolo de cartazes debaixo do braço.
J.Fankhauser--BTB