- Morre em Israel o homem que executou Eichmann na forca
- F1 renova contrato com circuito de Monza até 2031
- Presidente eleito do Uruguai viajará ao Brasil para encontro com Lula
- Ambientalistas salvadorenhos denunciam criminalização de sua luta
- Vídeo de Kamala Harris é alvo de chacota entre republicanos
- Nicarágua faz nova concessão de mineração a empresa chinesa
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão'
- Regulação das redes sociais chega ao STF
- Gabriel Milito, da corda bamba à final da Libertadores
- Lula diz que França 'não apita' em acordo UE-Mercosul
- Artur Jorge, o 'caça-fantasmas' do Botafogo
- Trump nomeia general reformado como enviado para Ucrânia e Rússia
- Ex-presidente argentino Fernández depõe por suposta administração fraudulenta
- Francês que submetia esposa a estupros era 'bom pai e avô', diz sua advogada
- Cerca de cem cartas eróticas do pintor francês Gustave Courbet são reveladas
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão' na Venezuela
- Lamine Yamal vence o prêmio Golden Boy de melhor jogador sub-21 do ano
- Fifa destinará mais de R$ 290 milhões para OMS, OMC e Acnur
- México afirma que EUA daria ‘tiro no pé’ com tarifa de 25% sobre importações
- Inflação a 12 meses nos EUA sobe para 2,3% em outubro
- Dieta alimentar dos dinossauros explica sua supremacia
- Luis Suárez renova com o Inter Miami até o final de 2025
- China liberta três americanos detidos 'injustamente'
- Sapatos vermelhos usados em 'O Mágico de Oz' serão leiloados em dezembro
- Café arábica registra preço recorde devido à seca no Brasil
- Federação inglesa abre nova investigação contra árbitro David Coote por corrupção
- STF nega pedidos de habeas corpus Robinho, que continuará preso
- O ano 2024 em 12 acontecimentos marcantes no mundo
- Vicario, goleiro do Tottenham, ficará 'meses' afastado por lesão no tornozelo
- Medalhista olímpico indiano é suspenso por 4 anos após recusar exame antidoping
- Parlamento Europeu aprova nova Comissão, que deve reforçar economia e defesa do bloco
- Votação da nova Comissão Europeia evidencia divisão entre eurodeputados
- Em Edimburgo, sem-teto se tornam guias turísticos
- Ucrânia e Coreia do Sul concordam em compartilhar informações militares
- 'American Railroad', projeto musical que revela histórias não contadas de imigrantes
- Empresas preferem caminho lento, mas seguro, face à IA
- Eurocâmara aprova nova Comissão Europeia, que deve reforçar a economia e a defesa do bloco
- Fujimori, Sergio Mendes, Navalny, Maggie Smith... as principais mortes de 2024
- Milhares de libaneses voltam para casa após cessar-fogo entre Israel e Hezbollah
- A luta de um filho pela legalização da eutanásia no Reino Unido
- Premiê da Espanha defende sua gestão durante inundações e critica a oposição
- UE 'não tem tempo a perder' afirma presidente da Comissão Europeia ao apresentar nova equipe
- Grupo indiano Adani reconhece perdas de US$ 55 bilhões na Bolsa após acusação contra fundador
- China considera "especulações" relatos sobre investigação contra ministro da Defesa
- Comienza el cese el fuego entre Israel y Hezbolá en Líbano
- Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah no Líbano entra em vigor
- Gibson pede à Trump Guitars que pare de violar sua marca registrada
- Homem é detido nos EUA por tentar traficar droga em macacão de vaca
- Os riscos da ameaça tarifária de Trump
- Arsenal goleia (5-1) e quebra invencibilidade do Sporting na Champions
Miami Beach quer acabar com Spring Break após anos de descontrole
A Ocean Drive está mais tranquila do que nunca. A icônica rua de Miami Beach, na Flórida, com seus edifícios 'art déco', o estrondoso reggaeton e seus visitantes com pouca roupa, não é reconhecida da mesma forma neste fim de semana de março, após as medidas da prefeitura para acabar com o Spring Break - as férias de primavera.
Todos os anos durante esta estação, um período de férias para estudantes, milhares de jovens americanos costumam se reunir no sul da Flórida para dias de diversão - e descontrole para a cidade. Neste ano, entretanto, não foi desse jeito.
O entardecer agora não exala cheiro de maconha, não há rapazes parando o trânsito com suas danças no meio da rua e o calçadão está longe de ser uma discoteca ao ar livre, conforme os moradores estão habituados.
Cansadas dos excessos dessas datas, autoridades locais fizeram de tudo para evitar episódios como os tiroteios que deixaram dois mortos no ano passado em South Beach, seu bairro mais turístico.
Para isso, eles aumentaram a presença policial na região, intensificaram os controles de embriaguez ao volante e fecharam todos os estacionamentos da área - exceto um, que custa US$ 100 (R$ 498) nos finais de semana com mais visitantes.
Os bares e restaurantes não podem servir nas calçadas e as lojas que vendem álcool devem fechar às 20h00.
Em um anúncio publicado nas redes sociais, a prefeitura deixou clara sua intenção: "Precisamos conversar", diz uma garota no início do vídeo, antes de outros jovens se juntarem à conversa.
"Nossa ideia de uma boa diversão é relaxar na praia, ir ao spa ou visitar um novo restaurante. Você só quer ficar bêbado em público e ignorar as leis (...) Então, terminamos com você", acrescentam.
- Descontentamento -
Shannon Mckinney acabou de descobrir sobre as mudanças e está indignada. As autoridades acabaram de negar seu acesso à praia, que agora fecha às 18h00, quatro horas antes do habitual.
"É meio louco porque só queremos nos divertir. Não viemos promover violência. Fizemos uma longa viagem e gastamos dinheiro", lamenta essa estudante de Nova Orleans, que foi a Miami com sua irmã e algumas amigas.
A poucos metros dali, Conae Rhodes, uma jovem da Virgínia, foi mais compreensiva com as novas regras. "Posso entender por que estão agindo assim. Sempre há pessoas que não sabem se comportar ou bebem demais", disse a mulher de 25 anos.
O plano da prefeitura também não é unanimidade entre os moradores de Miami Beach.
Joel Hernández entende a necessidade de melhorar a segurança.
Nos últimos anos, viu a situação piorar durante o Spring Break, uma ocorrência que atribui mais aos criminosos do que aos estudantes. Mas o músico de 54 anos considera as medidas impostas "excessivas".
"Para mim, que moro a algumas quadras do centro, isso é muito complicado. Parece que estamos entrando em uma zona de guerra, com tudo fechado. E no final das contas, não nos sentimos seguros, pelo contrário, estamos com mais medo de acontecer algo", diz.
A uma quadra da Ocean Drive, em frente ao restaurante cubano que administra, Janet Alvarado critica o efeito econômico dessas regras. "O que temos agora é uma segurança enorme, mas não temos clientes", pontuou.
Para Hernández, parte do charme de Miami corre risco: a imagem de um lugar descontraído, onde a rotina pode ser esquecida por um momento. "É muito triste o que está acontecendo. Espero que nos próximos anos haja um pouco de alívio nessas restrições".
M.Ouellet--BTB