- Ex-presidente argentino é intimado a depor em caso por violência de gênero
- Matt Gaetz desiste de ser o procurador-geral de Trump
- ELN mata cinco soldados na Colômbia em seu primeiro ataque após retomada das negociações
- Polícia Federal indicia Bolsonaro por tentativa de 'golpe de Estado' em 2022
- Uruguai - pequeno país com grande ambição verde escolherá seu presidente no domingo
- Bayern recebe Augsburg no Alemão antes de maratona decisiva
- Conflito na Ucrânia ganhou contornos de 'caráter mundial', diz Putin
- Rodada do Campeonato Francês marca estreia de Sampaoli no Rennes
- Cerúndolo vence Musetti e Argentina sai na frente contra a Itália na Davis
Retratos desconhecidos de Rembrandt serão vendidos após 200 anos
Um par de retratos de Rembrandt que estava em posse privada por 200 anos será colocado à venda em 16 de julho na casa de leilões Christie's, em Londres, e pode chegar a US$ 10 milhões (R$ 47,9 milhões), segundo estimativas.
Os retratos do pintor holandês do século XVII estavam nas mãos de uma família britânica, até que um especialista da casa de leilões Christie's os descobriu.
As obras podem ser vendidas por um valor entre entre US$ 6,3 e US$ 10 milhões (aproximadamente cerca de R$ 30,1 a R$ 47,9 milhões).
"Encontrei essas pinturas pela primeira vez há alguns anos em uma avaliação de rotina e congelei", disse à AFP o vice-presidente internacional da Christie's, Henry Pettifer. Após serem descobertas, as obras foram expostas em Amsterdã.
"Fiquei muito surpreso ao descobrir que as pinturas nunca haviam sido realmente investigadas e nunca foram abordadas em nenhuma das publicações de Rembrandt ao longo de 200 anos", explicou ele.
As telas ovais de 20 centímetros de altura, provavelmente datados em 1635, retratam um encanador idoso chamado Jan Willemsz van der Pluym e sua esposa Jaapgen Carels.
O casal, pintado em um estilo incomumente íntimo para Rembrandt, era amigo da família do artista e proveniente de sua cidade natal, Leiden, na Holanda.
As pinturas foram compradas por um familiar dos atuais proprietários em um leilão na Christie's, em 1824. Na ocasião, as pinturas foram listadas como Rembrandts e, desde então, permaneceram na mesma coleção.
"Ficaram em silêncio para que a família do proprietário desfrutassem deles ao longo de dois séculos", disse Pettifer.
Depois de encontrá-los, começou o trabalho "forense" para verificar se eram genuínos.
"Os quadros eram desconhecidos e inicialmente tiveram que ser tratados com muita cautela", detalhou ele, enfatizando que "obviamente tiveram que ser examinados e investigados com grande detalhe".
A casa de leilões contou com a ajuda de especialistas em arte, incluindo o famoso Rijksmuseum, em Amsterdã.
"Tivemos sorte que sua equipe científica os analisou com muito cuidado por quase dois anos", disse à AFP a especialista da Christie's, Manja Rottink.
Os especialistas analisaram o histórico de propriedade das pinturas, mencionadas em um inventário da filha mais velha dos retratados, disse Rottink. As assinaturas de Rembrandt também foram verificadas.
"A conclusão é que eles são de fato do artista... foi impressionante como todos ficaram empolgados com essa descoberta", disse ele.
Os quadros descobertos são os menores retratos conhecidos de Rembrandt, que costumava pintar retratos muito maiores, encomendados por famílias ricas.
"Eles têm algo ligeiramente diferente, muito mais íntimo", disse Pettifer.
Os retratos de Rembrandt, que a Christie's descreve como "uma de suas descobertas mais emocionantes no campo dos Velhos Mestres nos últimos anos", também passaram por Nova York e Londres, onde serão leiloados.
L.Janezki--BTB