- EUA diz estar comprometido com uma 'solução diplomática' no Líbano
- O que aconteceria se o Google fosse forçado a vender o Chrome?
- Bombardeios israelenses deixam ao menos 45 mortos no Líbano
- Novak Djokovic anuncia Andy Murray como seu novo treinador
- Leipzig perde para Hoffenheim e deixa Bayern escapar na liderança
- Sinner vence De Minaur e Itália vai à final da Copa Davis
- Braço armado do Hamas anuncia a morte de uma refém em Gaza
- Sérvia prorroga a detenção dos presos por desabamento mortal em estação de trem
- Israel tenta tomar cidade no sul do Líbano, segundo agência oficial libanesa
- Nações mais vulneráveis à mudança climática protestam na COP29 e pedem mais dinheiro
- Para cineasta iraniano exilado, representar a Alemanha no Oscar é 'agridoce'
- Mulheres adaptam tragédia grega para denunciar a dor feminina na guerra
- Bombardeios israelenses deixam vários mortos na capital do Líbano
- Jornal independente 'ganha espaço' na Guatemala e se faz ouvir no mundo, diz sua fundadora
- IA generativa recorre a livros para crescer
- Papa visitará ilha francesa de Córsega após recusar convite para reabertura de Notre Dame
- Papa viajará à ilha francesa de Córsega em 15 de dezembro
- COP29 na prorrogação para alcançar acordo financeiro sobre o clima
- Bombardeios israelenses no centro de Beirute deixam 19 mortos
- Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA
- 'Desaparecimento' de famoso escritor franco-argelino gera preocupação na França
- George Russell faz a pole position do GP de Las Vegas de F1
- Trump escolhe gestor de fundos Scott Bessent como secretário do Tesouro
- Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
- Pentágono: tropas norte-coreanas na Rússia vão entrar 'logo' em combate
- MP da Venezuela abre investigação por 'traição' contra María Corina Machado
- Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
- Líder Bayern de Munique vence Augsburg com hat-trick de Kane
- PSG vence Toulouse e segue firme na liderança do Francês
- Holanda elimina Alemanha e vai à final da Copa Davis
- Peru inicia vacinação contra dengue após recorde de casos
- Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
- Campeonato Italiano volta com 'Top 6' separado por 2 pontos
- Rosario Murillo, a toda-poderosa 'copresidente' da Nicarágua
- Um professor e um veterinário: os candidatos à Presidência do Uruguai
- Trump conquista vitória judicial com adiamento de sentença no caso Stormy Daniels
- ONU critica aumento de crimes punidos com prisão automática no México
- United inicia 'era Amorim'; City e Arsenal tentam espantar a crise
- O que se sabe sobre o míssil hipersônico russo 'Oreshnik' lançado contra a Ucrânia
- Kendrick Lamar lança álbum surpresa
- De Zerbi diz que fica no Olympique de Marselha: 'Não saí da Ucrânia quando Putin bombardeou'
- Van de Zandschulp vence Altmaier e dá primeiro ponto à Holanda na semifinal da Davis
Jon Fosse, um escritor do silêncio
O norueguês Jon Fosse, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, é um escritor multifacetado para quem o silêncio, às vezes, tem mais impacto que as palavras.
Romancista, ensaísta, poeta, escritor de livros infantis e, sobretudo, dramaturgo, Fosse nasceu em 29 de setembro de 1959 em Haugesund, na costa oeste da Noruega, que abriga alguns dos fiordes mais emblemáticos do país.
Ele cresceu em uma família que seguia o pietismo, uma forma rígida de luteranismo. Um de seus avôs era quacre, pacifista e esquerdista.
Fosse estabeleceu distância das crenças e se declarou ateu na juventude. O escritor foi membro do grupo "Rocking Chair", onde tocava guitarra, antes de se converter ao catolicismo em 2013.
Depois de estudar Literatura, estreou em 1983 com "Vermelho, Negro", romance em que um jovem estabelece um ajuste de contas com o pietismo.
Seu estilo é caracterizado por avanços e recuos no tempo, além de pontos de vista diferentes, quase uma marca registrada.
Fosse também é conhecido por "Naustet" (1989), muito elogiado pela crítica, e "Melancolia" I e II (1995-96), outro de seus grandes trabalhos.
Sua obra mais recente, "Septologia" - sete capítulos distribuídos em três volumes - narra o encontro de um homem com outra versão de si mesmo para apresentar questões existenciais, com uma pontuação esparsa e imprevisível.
As obras de Fosse rompem com as regras clássicas, reduzem a trama ao mínimo e usam uma linguagem simples, sem adornos, em que a chave da compreensão está no ritmo, na musicalidade e nas pausas.
- O teatro como necessidade -
Fosse conquistou fama mundial com suas obras para o teatro.
Sem uma renda regular, ele concordou em escrever o começo de uma peça no início dos anos 1990. Mais tarde, decidiu concluir a obra. A peça, 'Nokon kjem til å komme' ("Alguém vai chegar"), o coloca no mapa do teatro europeu.
Após um intervalo de 10 anos, Fosse voltou ao gênero em 2021 e surpreendeu com a obra "Sterk Vind".
A editora norueguesa Samlaget informa que seus textos foram traduzidos para quase 50 idiomas e que suas obras já foram encenadas mais de 1.000 vezes ao redor do mundo.
O dramaturgo foi casado três vezes e tem seis filhos.
Seus personagens não falam muito. As frases se repetem e permanecem em suspense. Os silêncios são fundamentais e demonstram que, mesmo juntas, as pessoas continuam sozinhas.
"Não escrevo sobre personagens no sentido tradicional da palavra. Escrevo sobre a humanidade", declarou Fosse ao jornal francês Le Monde em 2003.
R.Adler--BTB