- Keys vence Svitolina e vai às semifinais do Aberto da Austrália
- Petro reconhece 'fracasso' diante da violência do ELN na Colômbia
- Devastação por incêndios cresceu 79% em 2024 no Brasil
- Keylor Navas assina com Newell's Old Boys e jogará pela 1ª vez no futebol argentino
- Trump gaba-se de investimento gigantesco e inicia sua revanche
- 'Coringa 2', Joaquin Phoenix e Lady Gaga são indicados ao Framboesa de Ouro
- Trump diz estar aberto para que Musk compre TikTok
- Ataque de Trump ao direito de solo desafia identidade americana (analistas)
- Panamá expressa preocupação a chefe da ONU por ameaças de Trump sobre o canal
- Ataque a faca deixa cinco feridos em Tel Aviv
- Barça vence Benfica de virada (5-4) com 2 gols de Raphinha em jogo épico na Champions
- Ataque a faca deixa quatro feridos em Tel Aviv
- Atlético de Madrid vence Leverkusen (2-1) e garante classificação na Champions
- Liverpool vence Lille (2-1) e se classifica para as oitavas da Champions
- '45 dias sem saber dele', denuncia esposa de policial argentino preso na Venezuela
- México anuncia ajuda humanitária e repatriações de migrantes expulsos pelos EUA
- Netflix ganha 19 milhões de assinantes no 4T e supera 300 milhões
- Mbappé diz que mudança mental ajudou a melhorar sua situação no Real Madrid
- Invasores do Capitólio são soltos e comemoram indulto de Trump
- Monaco vence Aston Villa (1-0) e se aproxima das oitavas da Champions
- Chefe do Estado-Maior israelense se demite por 'fracasso do 7 de outubro'
- Estados acionam Justiça contra decreto de Trump que elimina direito à cidadania por nascimento
- Número de mortos sobe para 76 em incêndio em estação de esqui na Turquia
- Em busca de vaga direta nas oitavas, Atalanta goleia Sturm Graz (5-0) na Champions
- Brasil se prepara para impacto da retirada dos EUA de acordo ambiental sobre a COP30
- 'Não queremos ser americanos', diz primeiro-ministro da Groenlândia
- Avós da Praça de Maio encontram neta nº 139 roubada na ditadura argentina
- Canadá promete resposta 'robusta' se Trump impuser tarifas; México pede 'cabeça fria'
- OMS lamenta decisão dos EUA de se retirar da agência de saúde
- Manchester City anuncia contratação do zagueiro Vitor Reis, do Palmeiras
- Chefe do Estado-Maior de Israel se demite por 'fracasso do 7 de outubro'
- Haas terá 1ª engenheira de corrida mulher da história da Fórmula 1
- Trump demite primeira mulher a dirigir uma Força Armada dos EUA
- Príncipe Harry está 'muito perto' de fechar acordo com grupo de Murdoch, afirma advogado
- Eurodeputados expõem divisões em debates sobre como se relacionar com Musk e Trump
- EUA se retira de acordo sobre impostos a multinacionais
- Medida antimigratória de Trump provoca choro na fronteira México-EUA
- França absolve ativista ecologista por colar cartaz em quadro de Monet
- UE e China alertam contra atritos comerciais após retorno de Trump à Casa Branca
- Número de mortos sobe para 66 em incêndio em estação de esqui na Turquia
- OMS 'lamenta' decisão dos EUA de se retirar da OMS
- Governo talibã do Afeganistão anuncia troca de prisioneiros com EUA
- Preço do café dispara, puxado por problemas globais
- Djokovic elimina Alcaraz e vai enfrentar Zverev na semifinal do Aberto da Austrália
- Hamas libertará no sábado outras quatro reféns israelenses cativas em Gaza
- 'Seco demais': cafezais sofrem com o clima no Brasil e preço do grão dispara no mundo
- Julgamento de príncipe Harry contra tabloides é adiado
- O segundo dia de Trump após enxurrada de decretos presidenciais
- Jovens chineses buscam bem-estar emocional em animais de estimação de IA
- Novo capítulo da batalha do príncipe Harry contra tabloides
Preço do café dispara, puxado por problemas globais
O preço do café disparou para níveis recorde em um contexto de mudanças climáticas, instabilidade política e problemas financeiros. E embora estes fatores possam ser amenizados, a volatilidade vai persistir, alertam especialistas.
- Preços nas nuvens-
O preço da variedade arábica, em alta de 90% durante 2024, bateu em 10 de dezembro seu recorde de 1977, a 3,48 dólares (R$ 21) a libra. O preço do café robusta também está alto.
Na origem desta disparada, impulsionada pela especulação, está o temor de colheitas ruins no Brasil e no Vietnã - primeiro e segundo produtores mundiais - devido à seca, depois de anos em que a demanda superou a oferta.
A isto se somam "as perturbações no Mar Vermelho, que prolongam o transporte da Ásia para a Europa e os atrasos em vários portos", afirma Carlos Mera, analista do Rabobank.
Os compradores também têm em mente a aplicação de uma lei anti-desmatamento na UE - atualmente adiada - e o possível aumento de tarifas alfandegárias que o presidente americano, Donald Trump, pode adotar rapidamente.
Agora, "os preços deveriam cair mais que aumentar", avalia Mera. "Mas neste mercado, as reservas estão baixas. Portanto, cabe esperar volatilidade".
- Ameaça do clima -
Também persistem outras causas de instabilidade, como o clima, sobretudo para a variedade arábica, cultivada na altitude. O robusta é mais resistente, mas tem menos demanda.
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, serão produzidas cerca de 175 milhões de sacas (de 60 kg) de café na safra 2024-25: 56% de arábica e 44% de robusta.
Cultivadas em zonas intertropicais, as duas variedades estão expostas a variações meteorológicas: geadas tardias que afetam as flores, chuvas fora da temporada, monções intensas demais..., explica Guillaume David, do CIRAD, o organismo francês para a cooperação internacional em pesquisa agronômica.
"Este ano, temos visto intempéries no Brasil e no Vietnã, antes era um ou outro", afirma este especialista.
- Novos consumidores -
Entretanto, a demanda se mantém para este pequeno fruto surgido na África.
Em 2024, foi registrada "uma pequena queda da demanda nos mercados maduros", afirma Mera. Na Europa, trata-se de um efeito da "crise do custo de vida" e nos Estados Unidos talvez se deva ao auge dos tratamentos para a perda de peso, contrários ao cafés latte, afirma este especialista.
Mas a demanda está "em forte alta na China". No ano 2023-2024, o país importou 4,3 milhões de sacas, frente a 1,5 milhão quatro anos antes, segundo este analista, que prevê que a tendência se acentue.
A China ocupa a 13ª posição entre os produtores mundiais, com cerca de dois milhões de sacas anuais.
- Novos territórios? -
O Brasil aporta cerca de 40% da produção, à frente de Vietnã (17%), Colômbia (7%), Indonésia (6%), Etiópia (5%), Uganda, Índia, Honduras, Peru, México...
Alguns deles poderiam subir para a altitude, como no Brasil, que tem espaços planos onde se pode mecanizar o cultivo. Mas para o Equador, o Burundi e a Colômbia, será mais complicado.
A África poderia ter um papel-chave com, por exemplo, Togo e a Costa do Marfim, que abandonaram o café em benefício do cacau, ou o Quênia, que em alguns lugares o substituiu pelo abacate, sugere David.
Os agrônomos instam a adaptação do cultivo para enfrentar estas dificuldades: plantar cobertura vegetal para protegê-lo do sol e das intempéries, sair da monocultura para combater as pragas...
- Pequenos produtores -
Como ajudar os pequenos produtores, que garantem dois terços da produção mundial (com menos de um hectare) e muitos dos quais seguem abaixo do limite da pobreza?
O G7, grupo das principais economias mundiais, aprovou, em outubro, a criação de um Fundo Mundial para a Sustentabilidade e a Resiliência do Café, impulsionado pela OCI (Organização Internacional do Café) e grupos do setor. O objetivo é encontrar financiamento público e privado para apoiar a inovação.
Muitos especialistas também apontam para a necessidade de remunerar de forma mais justa os agricultores.
O comércio justo, que garante um preço mínimo, representa 5% da produção. Para o resto, mais de 80% do café é colhido por gigantes do setor para beneficiadores internacionais, também muito concentrados.
J.Fankhauser--BTB