- Colômbia vence Bolívia (3-2) e alcança Argentina na liderança do Grupo B do Sul-Americano Sub-20
- Manchester United e Tottenham vencem e avançam às oitavas da Liga Europa
- Congresso da Nicarágua aprova reforma constitucional que dá poder absoluto a Ortega e Murillo
- Trump diz que ainda não há decisão sobre tarifas ao petróleo de México e Canadá
- Presidente interino da Síria promete 'conferência de diálogo nacional'
- OpenAI busca levantar US$ 40 bilhões
- Apple obtém lucro trimestral recorde de US$ 36 bilhões
- Rennes demite Sampaoli e anuncia Habib Beye como novo técnico
- Hamas liberta mais reféns em troca de 110 prisioneiros palestinos
- Mudanças artísticas, nostalgia e acessórios foram destaques da Semana de Moda de Paris
- Ataque russo com drones deixa nove mortos na Ucrânia
- Neymar anuncia retorno ao Santos, clube que o revelou
- Israel proíbe atividades da agência da ONU para refugiados palestinos no país
- Emir do Catar se torna primeiro chefe de Estado a visitar novo presidente sírio
- México pede para Google incluir mapa da 'América mexicana' em resposta a Trump
- Morre, aos 78 anos, a cantora britânica Marianne Faithfull (porta-voz)
- Sorteio cara ou coroa: Real Madrid espera por Celtic ou City na Champions
- Trump culpa políticas de diversidade por acidente aéreo em Washington
- Hamas liberta oito reféns em troca de 110 prisioneiros palestinos
- Indicados de Trump para FBI e inteligência tentam superar primeiro obstáculo
- Israel proíbe atividades da agência da ONU para refugiados palestinos
- Lula diz que haverá 'reciprocidade' se Trump taxar produtos brasileiros
- UE inicia diálogo com indústria automotiva para ajudá-la a superar crise
- Peru é estrela em exposição de orquídeas no Jardim Botânico Real da Inglaterra
- Economia do México cresceu 1,3% em 2024, mas vive tensões por Trump
- Entrosar a dupla Mbappé-Vini Jr, o próximo objetivo do líder Real Madrid no Espanhol
- Panamá descarta negociar com EUA sobre Canal do Panamá
- Homem que queimou exemplares do Corão em 2023 é morto a tiros na Suécia
- BCE reduz taxa básica de juros para 2,75%
- Após sólido crescimento do PIB em 2024, EUA inicia 2025 sob incertezas
- PSG vende Xavi Simons ao Leipzig e empresta Skriniar ao Fenerbahçe
- IATA registra recorde de tráfego aéreo de passageiros em 2024
- O que se sabe sobre a colisão aérea perto de Washington?
- Adolescente morre em acidente de ônibus escolar na França
- Síria e Catar falam sobre reconstrução durante visita de emir a Damasco
- Autoridades descartam sobreviventes em colisão entre avião e helicóptero em Washington
- Pedri renova com Barcelona até 2030
- Berlim, cidade salvadorenha de bitcoiners, espera 'bons tempos' com Trump
- Com 'Ainda Estou Aqui', Brasil encara fantasma da ditadura
- Steven Gerrard deixa comando do saudita Al-Ettifaq
- Indicação dos Beatles ao Grammy destaca debates sobre IA no setor musical
- Uruguai vence Peru e segue 100% no Sul-Americano Sub-20; Paraguai elimina Venezuela (1-0)
- Autoridades não acreditam em sobreviventes em colisão entre avião e helicóptero em Washington
- Hamas liberta novos reféns na trégua de Gaza
- Alemanha e França pesaram na economia da zona do euro no 4º tri de 2024
- Indicado por Trump para chefiar FBI tenta superar primeiro obstáculo
- Componentes indispensáveis para a vida são encontrados em asteroide Bennu
- UE conversa com indústria automotiva para ajudá-la a superar crise
- Israel proíbe atividades da agência da ONU para palestinos
- Zona do euro registra crescimento nulo no 4º trimestre de 2024
Criadoras de conteúdo adulto enfrentam abusos na Colômbia
Quartos insalubres, brinquedos sexuais compartilhados, turnos excessivos, clientes com pedidos degradantes, assédio. Durante anos silenciadas, as criadoras de conteúdo adulto denunciam os abusos que sofreram na Colômbia, meca desse negócio bilionário.
Em um luxuoso estúdio com webcam, em Bogotá, Paula Osorio, de 25 anos, recorda seu início na indústria há cinco anos, sob condições de trabalho injustas em um país onde o trabalho sexual é legal.
"Era regra fazer 12 horas diárias (de transmissão), se não, me tiravam uma porcentagem do dinheiro que eu ganhava", disse.
Relatos similares foram denunciados em um relatório do Human Rights Watch (HRW), em dezembro, que evidenciou múltiplos abusos psicológicos, físicos e condições insalubres em alguns estúdios na Colômbia, onde as jovens enfrentam falta de oportunidades.
Segundo a ONG internacional, no país há milhares de estúdios e dezenas de milhares de mulheres, tanto cisgênero quanto transgênero, nesta atividade, as quais são pobres, mães solo ou de baixa escolaridade.
"Eu pensava que isso (as multas) era normal dentro da indústria, que todos os estúdios eram assim. Eu comecei lá para ter o que comer e eles abusavam (...) porque eu não tinha para onde ir", diz Osorio, que agora trabalha em melhores condições.
A desvalorização da moeda local em relação ao dólar faz da Colômbia um dos maiores centros de produção de conteúdo adulto online do mundo, no mesmo nível da Romênia, de acordo com especialistas.
- "Estúdios de garagem" -
Com base em 55 entrevistas com trabalhadoras do ramo, a HRW identificou que a maioria foi “pressionada, ameaçada ou coagida” a realizar atividades “degradantes, traumatizantes ou fisicamente dolorosas”.
Em alguns estúdios, a falta de higiene levou a erupções cutâneas e outros problemas de saúde relacionados à presença de fluidos como sangue, vômito e fezes.
Além disso, o informe chama a atenção para a falta de transparência nos contratos e a repartição desigual do dinheiro.
Quase todas as entrevistadas pela AFP concordam que este último aspecto foi traumático, considerando que a maioria delas veio para a indústria em busca de uma renda boa e rápida, em um país com um salário mínimo baixo (320 dólares ou cerca de 1.800 reais na cotação atual) e um alto nível de informalidade (55%).
"As companheiras (...) são vítimas de violência dentro dos estúdios, não em todos", diz Carolina Calle, uma trabalhadora do sexo e defensora dos direitos humanos na ONG "Corporación Calle 7".
A mulher, de 40 anos, deixou o mercado de conteúdo adulto há uma década após ter experiências ruins, como compartilhar brinquedos sexuais com outras mulheres.
Fontes jornalísticas citadas pela HRW indicam que esse negócio gerou cerca de US$ 40 milhões (valor em 235,6 milhões de reais na cotação atual) em 2021 na Colômbia e que em 2020 havia cerca de 40.000 trabalhadoras. O salário delas depende de sua popularidade, mas a maioria ganha mais do que o salário mínimo.
Desde 2024, o governo vem trabalhando na regulamentação dessa atividade para garantir os direitos trabalhistas e combater a evasão fiscal.
Os estúdios não são legalmente constituídos como empresas de conteúdo adulto online, dada a lacuna na lei.
Embora o relatório tenha gerado temores no setor, a demanda por trabalhadores - inclusive homens - continua a crescer.
Sergio Rueda, proprietário do estúdio GoldLine, não se sentiu contemplado com o levantamento do HRW. Ele reconhece que existem de fato “estúdios de garagem”, ou seja, com orçamentos baixos, mas ressalta que eles não representam toda a profissão.
- "Violação de direitos" -
Cansada dos abusos, Darling Leon criou um centro de treinamento para ensinar as criadoras a lidar com eles.
“Isso evita que elas se envolvam em um escândalo de violação de direitos”, diz a ex-profissional do ramo, de 28 anos.
Muitas entrevistadas relataram que os abusos levaram-nas à depressão, ansiedade e distúrbios alimentares, diz a HRW.
De acordo com Katherine Arroyave, psicóloga da GoldLine, sete em cada dez mulheres que entram em seu estúdio tiveram “experiências ruins” no passado.
P.Anderson--BTB