
-
Venezuela reduz jornada no serviço público para poupar energia
-
EUA e Ucrânia concluem 'reunião produtiva' na Arábia Saudita
-
Bélgica vence Ucrânia (3-0) e se mantém na elite da Liga das Nações
-
Portugal vence Dinamarca na prorrogação (5-2) e vai às semifinais da Liga das Nações
-
França bate Croácia nos pênaltis e vai enfrentar Espanha nas semis da Liga das Nações
-
Espanha vence Holanda nos pênaltis e avança às semifinais da Liga das Nações
-
Ex-policial ligado a suposto centro de treinamento do narcotráfico é preso no México
-
Djokovic vence Carabelli em Miami e bate recorde de vitórias em torneios Masters 1000
-
Alemanha elimina Itália e vai às semifinais da Liga das Nações
-
Real Madrid vence Barça pela 1ª vez no 'El Clásico' feminino
-
'As mortes têm que parar', diz chefe da diplomacia europeia antes de visita a Israel
-
Premiê canadense anuncia convocação de legislativas antecipadas para 28 de abril
-
Conversas EUA-Ucrânia começam na Arábia Saudita; Rússia prevê 'negociações 'difíceis'
-
Governo de Israel dá primeiro passo para destituir procuradora-geral
-
Swiatek e Badosa vencem e avançam às oitavas do WTA 1000 de Miami
-
Thiago Motta é demitido na Juventus e Igor Tudor assume como novo técnico
-
Israel cria estrutura para 'saída voluntária' de palestinos de Gaza
-
Colômbia envia seu último chimpanzé em cativeiro para santuário no Brasil
-
Primeiro-ministro do Canadá anuncia legislativas antecipadas em 28 de abril
-
Equador inicia campanha para segundo turno das presidenciais em meio à violência
-
Prefeito opositor do presidente é preso em meio a protestos multitudinários na Turquia
-
Chefe da diplomacia da UE visitará Israel e Cisjordânia na segunda-feira
-
China assegura que vai seguir pelo caminho 'correto' da globalização econômica
-
Riade sedia diálogos EUA-Ucrânia neste domingo; Kremlin espera negociações 'difíceis'
-
Israel lança ofensiva no sul da Faixa de Gaza
-
'Onde me sinto melhor é na aventura', diz Karim Aïnouz em Toulouse
-
Juiz determina prisão de prefeito opositor a Erdogan em meio a protestos
-
'Obrigado a todos': papa retorna ao Vaticano após cinco semanas hospitalizado
-
Piastri vence GP da China de F1 à frente de Norris em dobradinha da McLaren
-
Prefeito critica acusações e Turquia tem quarta noite de protestos
-
Israel bombardeia o Líbano após disparos de foguetes
-
Noruega goleia Moldávia (5-0) em sua estreia nas Eliminatórias da Copa de 2026
-
João Fonseca vence Humbert e avança à 3ª rodada do Masters 1000 de Miami
-
Equador detecta novo vazamento de combustível e governo denuncia atentado
-
Com sangue novo na zaga, Espanha encara Holanda por vaga nas semis da Liga das Nações
-
Protesto contra o racismo reúne mais de 90 mil pessoas na França
-
Prefeito de Istambul critica acusações de que é alvo
-
Após vencer Indian Wells, Draper é eliminado em sua estreia no Masters 1000 de Miami
-
Protestos na Turquia transcendem prisão de prefeito
-
Oposição convocará greve geral se governo de Israel demitir chefe do serviço secreto
-
Putin rezou por Trump após tentativa de assassinato, diz enviado da Casa Branca
-
Venezuela apreende 3,8 toneladas de cocaína na fronteira com a Colômbia
-
Israel anuncia novos bombardeios no Líbano
-
Ben Shelton é eliminado em sua estreia em Miami; Zverev avança sem dificuldades
-
Prefeito de Istambul chama de 'imorais e sem fundamento' acusações contra ele
-
Rússia espera 'avanços' em negociações com delegação dos EUA
-
Neuer volta a sentir lesão na panturrilha e vai desfalcar Bayern
-
Papa terá alta no domingo e deve fazer sua primeira aparição ao final do Angelus
-
Rússia espera 'alguns avanços' em negociações sobre Ucrânia com delegação dos EUA
-
Aeroporto de Heathrow, em Londres, está 'plenamente operacional' após incêndio

'As pessoas têm medo': economia dos migrantes sofre com as políticas de Trump
"O trabalho está quase morto", resume Nader, obrigado a fechar sua loja de móveis em Corona, um dos bairros mais latinos do Queens, onde a política anti-imigratória de Donald Trump deixou as casas praticamente vazias pelo medo e a incerteza.
"Desde janeiro de 2025 (...) ninguém sai para a rua nem compra móveis porque as pessoas têm medo" de serem detidas ou deportadas, disse à AFP este americano de origem palestina, que assegura que é "a pior crise" que viveu em seus 35 anos no ramo dos móveis, nove deles neste bairro.
A outrora movimentada praça de Corona, o epicentro do Queens, um dos bairros mais multiculturais de Nova York, está quase vazia e os poucos transeuntes caminham rapidamente.
"Às vezes, passam até três dias sem nenhuma venda", diz o vendedor, de 57 anos, desolado pelo futuro incerto.
Sua clientela, majoritariamente da Guatemala, muitas vezes sem documentos, como muitos moradores desse bairro do interior do Queens, está ameaçada pela política de 'deportação em massa' anunciada pelo presidente republicano.
Quase ninguém se arrisca a comprar um colchão ou uma cômoda diante da perspectiva de ter que deixar tudo para trás em caso de deportação, disse ele.
Lojas de roupa, mercearias, restaurantes, agências de transferências de dinheiro e barracas de comida também se queixam que o negócio caiu entre 40% e 60% desde o início do ano.
Na operadora de telefones onde Javier taralha, as vendas caíram pela metade. Seus clientes reduziram os planos ou se limitam a pagar o mínimo para não perder a linha. A maioria prefere esperar antes de comprar um aparelho novo, diz.
"As pessoas antes gastavam sem nenhum problema. Tenho trabalho, tenho dinheiro. Agora, saem do trabalho e podem não voltar para casa", diz o mexicano, de 31 anos.
Embora diferentemente dos primeiros dias do governo Trump, os agentes do ICE, encarregados de prender e deportar imigrantes sem documentos, raramente sejam vistos na vizinhança, o medo ainda está presente. E "isso vai continuar por quatro anos", ele prevê.
"O que vai acontecer se eles continuarem a deportar?", se pergunta. Os pequenos negócios do bairro "vivem do mesmo latino. É uma economia que está simplesmente distribuída aqui".
Segundo dados do ICE, entre 20 de janeiro e 12 de março, 28.319 pessoas foram deportadas em todo o país.
Os estrangeiros na mira são os que "cometem delitos" e aqueles "que violaram as leis de imigração" americanas, segundo as autoridades. Os sem documentos - mais de 11 milhões no país - que entraram ilegalmente se enquadram nessa categoria.
- Medo à flor da pele -
Por precaução, Javier, como muitos de seus conhecidos, levou todas as suas economias para o México.
Além do fechamento dos comércios e das demissões, os empregadores começaram a dispensar os trabalhadores sem documentos, antecipando as possíveis consequências.
O equatoriano Francisco López, que trabalha em construção, se queixa de que agora a cada "quinze dias" os empregadores trocam de funcionários. Ele foi pago com um cheque sem fundo, diz ele com uma raiva que lhe enche os olhos.
A mexicana de 53 anos, Acelina (nome fictício), que tem uma barraca de comida na praça de Corona, também sofreu com as consequências da política anti-imigração atual.
No ano passado, ganhava diariamente em torno de "400 a 500 dólares" (de 2,2 a 2,8 mil reais na cotação atual. Com esse dinheiro, ela precisa pagar pelo transporte, alugar sua cozinha e barraca, comprar suprimentos e sustentar seus quatro filhos, que são cidadãos americanos.
Agora, tem dias que ela não ganha mais que 140 dólares por dia (792 reais na cotação atual).
"Tenho que vir trabalhar mesmo com medo", diz essa mulher que tenta tranquilizar seus filhos mais novos, que temem que ela possa ser deportada.
Ela pensa em dar à sua filha mais velha, de 21 anos, a guarda dos irmãos caso algo aconteça com ela.
"Vocês são americanos, podem ir me visitar no México", diz para tranquilizá-los.
"Se o Sr. Trump dissesse: 'Ninguém vai tocar nessas pessoas que não têm documentos'", a situação melhoraria. "Em vez disso, ele diz que quer expulsar ainda mais pessoas", lamenta Nader.
A.Gasser--BTB