
-
Ex-primeira-dama do Peru chega ao Brasil após condenação por lavagem de dinheiro
-
Incerteza econômica dispara por efeitos das tarifas de Trump
-
Juiz vê 'causa provável' para condenar governo Trump por desacato
-
Advogados pedem que Weinstein durma em hospital durante julgamento
-
Governo Trump abre investigação contra procuradora de NY
-
Newcastle goleia Crystal Palace (5-0) e sobe para 3º na Premier League
-
AMD prevê custo de US$ 800 milhões após novas regras para envio de chips à China
-
El Salvador ignora senador dos EUA que pede libertação de deportado por engano
-
Califórnia recorre à Justiça para reverter tarifas de Trump
-
México pede 'respeito' aos EUA ante destacamento militar na fronteira
-
Inter de Milão empata com Bayern (2-2) e vai enfrentar Barça na semifinal da Champions
-
Exército de Israel transforma 30% da Faixa de Gaza em 'zona de segurança'
-
Arsenal vence Real Madrid (2-1) no Bernabéu e vai enfrentar PSG nas semis da Champions
-
China pede que Trump pare de 'ameaçar e chantagear' em meio à guerra comercial
-
Em julgamento, Zuckerberg atribui sucesso de Instagram e WhatsApp ao Facebook
-
TikTok testa notas da comunidade contra desinformação
-
Presidente da Concacaf rejeita proposta de Copa do Mundo de 2030 com 64 seleções
-
Fed alerta para tensão entre metas de inflação e emprego causada por guerra tarifária
-
Senador dos EUA chega a El Salvador para negociar volta de imigrante deportado por engano
-
Ruud vence Medjedovic e mantém chances de ser bicampeão do ATP 500 de Barcelona
-
Putin elogia Musk e o compara ao pai do programa espacial soviético
-
Humorista Nate Bargatze apresentará cerimônia do Emmy
-
Exército israelense transforma 30% da Faixa de Gaza em 'zona de segurança'
-
Ex-primeira-dama peruana chega asilada ao Brasil após condenação por lavagem de dinheiro
-
Califórnia recorre à Justiça para reverter as tarifas de Trump
-
Morre Aaron Boupendza, jogador da seleção do Gabão, aos 28 anos
-
Advogados de Weinstein pedem que ele durma no hospital durante julgamento em NY
-
Senador americano chega a El Salvador para negociar retorno de deportado preso
-
Irã 'não está longe' de obter bomba nuclear, diz chefe da AIEA
-
Jihad Islâmica divulga vídeo de um refém israelense vivo
-
França registra novos ataques coordenados contra penitenciárias
-
Trump diz que Harvard é uma 'piada' e não merece recursos federais
-
Banco do Canadá mantém sua taxa de juros oficial em 2,75%
-
Polícia Federal recomenda acusar Bruno Henrique por suposta fraude esportiva
-
Cristãos da Cisjordânia, entre o medo e a piedade dias antes da Páscoa
-
Ajuda ao desenvolvimento recua em 2024 pela primeira vez em 6 anos, diz OCDE
-
Incerteza no comércio global pode gerar 'graves consequências negativas', alerta OMC
-
Israel bloqueia entrada de ajuda humanitária em Gaza
-
'La bolita', a loteria clandestina que ganha adeptos em uma Cuba em crise
-
UE identifica sete países 'seguros' e limita critérios para concessão de asilo
-
Imersos na guerra, a dura vida dos idosos de um abrigo na Ucrânia
-
Papa recebeu e agradeceu equipe do hospital onde foi atendido
-
Centro para soldados russos feridos na Ucrânia no auge de sua capacidade
-
Definição legal de 'mulher' é baseada no sexo biológico, decide Suprema Corte britânica
-
Relógio de bolso de vítima do Titanic vai a leilão no Reino Unido
-
China pede a Trump que pare de 'ameaçar e chantagear'
-
Diretor de hospital de Gaza está preso em condições 'desumanas' em Israel
-
Presidente da China prossegue com ofensiva diplomática ao visitar a Malásia
-
China diz que 'não tem medo de lutar' na guerra comercial contra EUA
-
Polícia sul-coreana faz operação de busca em escritório de ex-presidente

Líder indígena brasileira ganha prêmio ambiental por frear mineração
Alessandra Korap Munduruku se voltou para o ativismo ao ver como o avanço da agricultura devastava seu território indígena de Sawré Muybu, no Pará, porém, foi a luta para expulsar a mineradora britânica Anglo American de suas terras que atraiu todas as atenções para ela.
Nesta segunda-feira, ela será uma das seis pessoas no mundo a receber o prêmio Goldman atribuído a defensores do meio ambiente.
A americana Fundação Goldman reconheceu a ativista, de 38 anos, protagonista da luta do povo munduruku para frear os planos da Anglo American de explorar territórios indígenas na Amazônia.
"(Fizemos) campanha, carta, entregamos para pessoas que entendem inglês para chegar até as mãos deles e falamos que a gente não ia aceitar nenhuma mineradora dentro de nosso território", disse Korap Munduruku, em entrevista por videochamada à AFP.
Em maio de 2021, depois de meses de pressão, a empresa retirou formalmente 27 projetos de mineração aprovados por autoridades em terras indígenas, incluindo o território Sawré Muybu, no Pará. Essas terras, lar do povo munduruku, contém mais de 160.000 hectares de floresta tropical.
"A bem-sucedida campanha de Alessandra representa um mudança significativa na tomada de responsabilidades do setor privado e a mineração destrutiva no Brasil", celebrou a Fundação Goldman, que entregará os prêmios em uma cerimônia em São Francisco.
Pouco depois da Anglo American, a gigante brasileira Vale anunciou a retirada de todas suas licenças de exploração de terras indígenas no Brasil.
- "Desafiando o patriarcado" -
Korap Munduruku se dedicou ao ativismo ao ver seu território "sendo devastado" pela agricultura e a mineração, disse à AFP. "Foi aí que eu percebi que se eu ficasse só em casa ninguém ia me ouvir", explica.
Depois de se tornar educadora, estudou direito, mas como mulher não foi fácil chegar à liderança de sua comunidade em Sawré Muybu.
"Minha mãe dizia: 'você não pode estar em uma reunião de homens', não podia perguntar porque é um patriarcado (...) eu fui desafiando", conta.
Como outros ativistas à frente das lutas dos povos originários, está aliviada com o fim do mandato do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2022), que paralisou os processos de demarcação de terras indígenas.
Porém, mantém o ceticismo em relação ao presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou ao poder em janeiro, após dois mandatos entre 2003 e 2010.
Ela destaca que Lula está tentando demarcar territórios, mas está fechando negócios com a China e o Mercosul, e que isto, segundo ela, é preocupante, afirmou, ao se referir à viagem do presidente ao país asiático, principal parceiro comercial do Brasil.
Brasil e China firmaram mais de 10 bilhões de dólares (cerca de 50,5 bilhões de reais em valores atuais) em investimentos e cooperação.
"A China tem muito interesse em agronegócio", afirma a ativista, preocupada que esses projetos, que também incluem ferrovias, gasodutos e indústria pesada, sejam implementados em terras indígenas. "Não nos consultou", reclama.
Também pede que Lula retome a demarcação de terras, inclusive as de Sawré Muybu. Essa questão será certamente um tema central nesta semana, quando milhares de representantes dos povos indígenas brasileiros se reunirem no "Acampamento Terra Livre", em Brasília.
"Se não demarcar, as mineradoras, todos os projetos vão para cima de nós", afirma Korap Munduruku.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou na semana passada a próxima demarcação de 14 novos territórios indígenas, que somam 1,5 milhões de hectares, alguns deles na Amazônia.
A inédita pasta foi uma promessa de campanha de Lula. Porém, "não vamos ficar em silêncio" só por isso, adverte a líder.
G.Schulte--BTB