Berliner Tageblatt - Suspeito de vazar informação secreta dos EUA foi advertido repetidamente pelo Pentágono

Suspeito de vazar informação secreta dos EUA foi advertido repetidamente pelo Pentágono
Suspeito de vazar informação secreta dos EUA foi advertido repetidamente pelo Pentágono / foto: © AFP

Suspeito de vazar informação secreta dos EUA foi advertido repetidamente pelo Pentágono

Um jovem membro da Guarda Nacional dos Estados Unidos, acusado de divulgar documentos secretos, recebeu repetidas advertências por abusar de seu acesso a informações confidenciais. Ainda assim, sua autorização de segurança de alto nível foi mantida, segundo mostram documentos judiciais.

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Os procuradores que trabalham no caso pressionam para que o homem permaneça detido à espera de julgamento e apresentaram nesta quarta-feira (18) vários documentos que apoiam este pedido, incluídas cópias de três relatórios parcialmente redigidos pela Força Aérea americana.

Jack Teixeira, de 21 anos, é acusado de ter realizado o maior vazamento de documentos sigilosos da Inteligência americana em uma década, publicando uma série de informações altamente confidenciais em um fórum on-line a partir do qual foram distribuídas para diferentes redes da Internet.

Entre outras coisas, os documentos vazados demonstraram a preocupação dos Estados Unidos com a capacidade da Ucrânia de se defender da invasão russa e revelaram que Washington espionou seus aliados, Israel e Coreia do Sul.

Segundo um dos relatórios apresentados pela Procuradoria, com data de 15 de setembro de 2022, Teixeira foi "observado tomando notas sobre informação confidencial" e foi "instruído a não tomar notas de forma alguma sobre inteligência classificada".

Outro documento do mês seguinte mostra que o problema persistiu, com Teixeira "potencialmente ignorando a ordem para interromper sua imersão em informações de inteligência" que lhe foi dada em setembro.

Nesse sentido, foi advertido a "se concentrar em seu trabalho", segundo o documento.

No entanto, essa exigência também foi ignorada, já que no final de janeiro de 2023 Teixeira foi flagrado "vendo conteúdo alheio à sua função principal e relacionado à área da Inteligência", de acordo com um terceiro informe.

Teixeira foi preso em abril, após uma semana de investigação e acusado de crimes com penas de cinco e 10 anos de prisão.

Um juiz deve se pronunciar na sexta-feira sobre o pedido dos procuradores para que a detenção de Teixeira seja mantida.

L.Dubois--BTB