- Nadadora olímpica australiana McKeon se aposenta aos 30 anos
- Elon Musk quer substituir aviões de combate americanos por drones
- Raulzinho assina com Barcelona até o fim da temporada
- Audiência de jogadores de rúgbi franceses acusados de estupro na Argentina será retomada na terça
- Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro
- Governo colombiano anuncia 'nova etapa' nos diálogos de paz com o ELN
- Ministros do G7 discutem trégua no Oriente Médio durante reunião na Itália
- Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais
- Patrocínio de fabricante de armas gera alvoroço no Borussia Dortmund
- Notre-Dame desperta o amor e consegue a ajuda dos americanos após incêndio
- Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito
- Novos bombardeios israelenses em subúrbio de Beirute e 12 mortos no sul do Líbano
- Primeira fase da Champions chega à sua metade final com importante Bayern-PSG
- Nove migrantes morrem em dois naufrágios na Grécia
- Gangues do Haiti generalizam uso da violência sexual, diz HRW
- Irmãos Menéndez voltam ao tribunal em meio à campanha por sua libertação
- Vini Jr. sofre lesão e perderá duelo da Champions contra Liverpool
- Mulheres na Índia são vítimas da tecnologia para vigiar a fauna selvagem
- Candidato pró-Rússia e prefeita de pequena cidade avançam ao 2º turno na Romênia
- MP francês pede 20 anos de prisão para marido que drogou e estuprou a mulher
- Uma mulher é assassinada pelo parceiro ou por um parente a cada 10 minutos no mundo
- Yamandú Orsi, o discípulo de Mujica eleito no Uruguai
- Yamandú Orsi vence 2º turno e esquerda retorna ao poder no Uruguai
- Orsi vence 2º turno e esquerda volta ao poder no Uruguai
- Esquerda vence 2º turno e volta ao poder no Uruguai, segundo projeções
- Candidato pró-Rússia empata com premiê pró-Europa nas eleições presidenciais da Romênia
- Urnas fecham no Uruguai em 2º turno incerto
- Combates entre Hezbollah e Israel no sul do Líbano, bombardeios nos subúrbios de Beirute
- Sampaoli estreia pelo Rennes com derrota no Francês, que tem jogo interrompido por invasão
- Real Madrid vence Leganés e encosta no líder Barça
- Salah dá vitória ao líder Liverpool; United empata na estreia de Amorim
- Primeiro-ministro pró-europeu lidera primeiro turno das presidenciais na Romênia
- Napoli vence Roma e recupera liderança da Serie A
- Emirados prendem três pessoas ligadas ao assassinato de rabino israelense
- Emirados prende três pessoas ligadas ao assassinato de rabino israelense
- Título da Copa Davis completa 2024 perfeito para o tênis italiano
Começa no Rio julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco
Quase sete anos depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, dois réus confessos do duplo homicídio, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, começam a ser julgados por júri popular no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (30).
"É um momento decisivo para todo mundo que luta por justiça e para quem acredita que o Brasil precisa ser um país sério, que não permite que mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+ e faveladas sejam brutalmente assassinadas", declarou em comunicado o Instituto Marielle Franco, ONG fundada pela família da vereadora.
Em 14 de março de 2018, essa ativista carismática, eleita vereadora no Rio de Janeiro, foi morta a tiros dentro de seu carro, aos 38 anos, juntamente com Anderson Gomes.
O assassinato chocou o mundo. Rapidamente, as atenções se voltaram para o crime organizado e a possível participação das milícias, que se apropriam de terrenos públicos para explorar imóveis ilegalmente, entre outras práticas criminosas.
Nascida no Complexo da Maré, Marielle Franco militou durante muito tempo contra a violência policial e pelos direitos dos moradores das favelas, em especial dos jovens negros, das mulheres e dos membros da comunidade LGBTQIAPN+. Também enfrentou a ação das milícias.
Uma manifestação para exigir "justiça" está prevista para a manhã desta quarta-feira em frente ao 4º Tribunal do Júri, no Centro do Rio, para a abertura do julgamento, que pode durar vários dias.
O júri será integrado por 21 pessoas comuns, das quais sete serão sorteadas na hora para cumprir essa função.
Entre uma audiência e outra, os jurados deverão permanecer confinados nas instalações da corte, sem qualquer contato com o mundo exterior.
O Ministério Público pediu a pena máxima de 84 anos de prisão para os acusados, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ambos ex-integrantes da Polícia Militar do Rio.
Detidos em março de 2019, um ano depois do crime, eles vão participar do julgamento por videoconferência da prisão.
Lessa admitiu ter atirado com uma metralhadora em Marielle Franco de dentro de um veículo dirigido por Queiroz, que também confessou participação no crime.
Nove testemunhas devem ser ouvidas, entre elas a jornalista Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, que estava no carro e sobreviveu ao atentado.
- 'Crime político' -
Após a sua morte, Marielle Franco se tornou um ícone da esquerda e dos ativistas da causa negra no Brasil.
O julgamento "é muito importante para reconhecer o clamor que a sociedade, que o mundo tem para que tenha resposta sobre esse crime político brutal", disse à AFP Nathalia Carlos, gestora-executiva do Instituto para a Defesa da População Negra (IDPN), um coletivo de advogados.
"Ter justiça por Marielle [...] é uma sinalização importante para o fortalecimento da democracia, para o aprofundamento e a garantia do exercício parlamentar dessas lideranças políticas do movimento de mulheres negras que apresentam um projeto para esse país", acrescentou.
Mas o julgamento que começa nesta quarta-feira não atinge os supostos autores intelectuais do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ).
Presos em março, após terem sido citados em delação por Ronnie Lessa, os irmãos Brazão se apresentaram na semana passada para depor no Supremo Tribunal Federal (STF), assim como o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.
Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusado de obstruir a investigação após o assassinato, negaram envolvimento no crime. As investigações estão em curso.
Lessa teria matado Marielle Franco por ter se sentido "seduzido" pela oferta feita pelos irmãos Brazão em nome da milícia, de acordo com as investigações.
"O julgamento dos executores do crime é um passo importante [...] Porém, só haverá justiça, de fato, quando as autoridades brasileiras garantirem que todos os responsáveis pelo crime, inclusive pelo planejamento, [...] também sejam levados à Justiça em julgamentos justos", manifestou a Anistia Internacional.
L.Dubois--BTB