
-
Papa, hospitalizado, pede o fim dos conflitos no mundo em uma carta
-
Ações do grupo chinês BYD disparam após anúncio de sistema de recarga ultrarrápida
-
Cápsula com astronautas 'presos' há nove meses na ISS inicia viagem de retorno
-
Ataques israelenses interrompe trégua em Gaza e deixam mais de 330 mortos
-
Acidente de pequeno avião deixa ao menos 12 mortos em Honduras
-
Huthis reivindicam novo ataque contra navios dos EUA no Mar Vermelho
-
Ataques israelenses deixam mais de 100 mortos em Gaza (Defesa Civil)
-
Favoritos têm grupos acessíveis na Libertadores; Inter e Bahia se enfrentam
-
Maduro pede à ONU que proteja venezuelanos enviados por EUA a prisão em El Salvador
-
EUA vai responsabilizar Irã por ataques de huthis iemenitas
-
Palácio confirma viagem de Charles III ao Vaticano em abril
-
Governo Trump luta nos tribunais por voos de imigrantes a El Salvador
-
Trump revoga dispositivo de segurança dos filhos de Biden
-
Duelo Corinthians-América de Cali é destaque na fase de grupos da Copa Sul-Americana
-
Starbucks é condenado a pagar US$ 50 milhões a homem que se queimou com chá
-
Trump diz que arquivos sobre assassinato de JFK serão desclassificados amanhã
-
Astronautas presos há nove meses na ISS estão prontos para voltar
-
Alcaraz e Djokovic buscam redenção no Masters 1000 de Miami
-
Premiê do Canadá quis reforçar em Paris e Londres as relações com a Europa
-
Texas detém e processa primeira acusada por prática de aborto
-
Trump recebe astro do MMA Conor McGregor na Casa Branca
-
Trump diz que Xi visitará EUA "em um futuro não muito distante"
-
Alarcón, do Boca Juniors, é operado após sofrer séria lesão no joelho
-
Conferência internacional de doadores promete ajuda bilionária à Síria
-
Exército dos EUA vai encerrar tratamentos para transição de gênero
-
Olympique de Marselha denuncia ataques a Rabiot em jogo contra PSG
-
Huthis denunciam novos bombardeios dos EUA no Iêmen
-
Casa Branca diz agir dentro da lei com deportações para El Salvador
-
Internado, papa Francisco respira sem aporte de oxigênio por 'breves momentos'
-
Comediante Conan O'Brien voltará a apresentar o Oscar em 2026
-
Premiê do Canadá quer reforçar as relações com a Europa ante tensões com EUA
-
Vazamento de petróleo no Equador deixa ao menos 15 mil afetados
-
Trump afirma que indultos de Biden a aliados não são válidos
-
Messi, lesionado, está fora dos jogos da Argentina contra Uruguai e Brasil
-
Diretor da OMS alerta que cortes dos EUA na saúde global ameaçam milhões de pessoas
-
Lei de Inimigos Estrangeiros, a arma de Trump em sua 'guerra' migratória
-
UE aumenta ajuda humanitária para a Síria pós-Assad
-
Iêmen registra protestos em massa após bombardeios dos EUA
-
Após 12 anos no cargo, Thomas Bach diz deixar presidência do COI 'muito tranquilo'
-
Jovens são cada vez mais afetados por diversos tipos de câncer
-
Federação espanhola marca jogo adiado do Barcelona para 27 de março
-
Primeiro-ministro do Canadá quer reforçar as relações com a Europa ante tensões com EUA
-
Tatuador de nove anos causa surpresa na Tailândia
-
Irã confirma sua 'determinação' em cooperar com a AIEA em questões nucleares
-
Número de mortes provocadas por tornados no fim de semana nos Estados Unidos sobe para 40
-
'Senhor das frutas' conserva a riqueza natural da Colômbia
-
Rússia confirma que Trump e Putin conversarão por telefone na terça-feira
-
OCDE reduz previsão crescimento mundial em 2025 em cenário de tensões comerciais
-
Estilista Jonathan Anderson deixa marca espanhola de luxo Loewe
-
Agricultor peruano leva gigante da energia à Justiça alemã por degelo nos Andes

Exército sírio reconhece que jihadistas e rebeldes entraram em grandes áreas de Aleppo
O Exército da Síria admitiu, neste sábado (30), que insurgentes penetraram em "grandes partes" de Aleppo, a segunda maior cidade do país, após uma ofensiva devastadora de jihadistas e milícias rebeldes que deixou mais de 300 mortos.
"Dezenas de homens de nossas forças armadas foram mortos e outros ficaram feridos" quando as "organizações terroristas conseguiram penetrar em grande parte dos bairros da cidade de Aleppo", declarou o Exército, detalhando que os combates cobriram "uma extensão de mais de 100 quilômetros".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou no sábado que o Hayat Tahrir al Sham (HTS) e suas facções aliadas assumiram "o controle da maior parte da cidade, de prédios governamentais e prisões".
O Observatório explicou que, durante a noite, "aviões de guerra russos lançaram ataques em áreas da cidade de Aleppo pela primeira vez desde 2016".
Informou, ainda, que pelo menos 16 civis foram mortos e outros 20 ficaram feridos neste sábado quando "aviões de guerra, provavelmente russos, atacaram veículos civis" em uma rotatória de Aleppo.
O regime de Bashar al Assad recuperou o controle de grande parte da Síria em 2015, graças ao apoio militar da Rússia, do Irã e do movimento libanês Hezbollah.
Em 2016, o presidente restabeleceu sua autoridade em Aleppo, que tem sido alvo de bombardeios maciços desde o início da guerra civil da Síria em 2011.
Mas grandes extensões de território permanecem fora de seu controle: Hayat Tahrir al Sham, uma aliança jihadista liderada pelo antigo braço sírio da Al Qaeda, controla partes da região de Idlib, no noroeste da Síria, bem como partes das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia.
Os rebeldes lançaram uma ofensiva relâmpago contra as forças do regime de Assad na quarta-feira, coincidindo com a entrada em vigor de um frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah no vizinho Líbano, após dois meses de guerra aberta.
- 'Estamos com medo' -
O OSDH elevou o número de mortos desde quarta-feira para 327, dos quais 183 são combatentes do Hayat Tahrir al Sham e seus grupos aliados, 100 soldados sírios e milicianos pró-governo, além de 44 civis.
A imprensa oficial síria informou que quatro civis foram mortos quando o Hayat Tahrir al Sham bombardeou uma residência estudantil em Aleppo, antes do comunicado sobre as baixas do Exército.
"Pela primeira vez em cerca de cinco anos, ouvimos foguetes e artilharia o tempo todo e, às vezes, aviões", disse Sarmad, de 51 anos, morador de Aleppo.
"Estamos com medo de que o cenário de guerra se repita e que sejamos obrigados a fugir", acrescentou.
Um correspondente da AFP viu grupos de rebeldes comemorando em Aleppo na noite de sexta-feira. Outro jornalista viu combatentes insurgentes em frente à icônica cidadela da cidade.
O Observatório pontuou que "o governador de Aleppo e os chefes de polícia e segurança se retiraram do centro da cidade". Também observou que os jihadistas e seus aliados conquistaram cerca de 70 cidades e vilarejos no norte do país.
- 'Não houve combates' -
O diretor do OSDH, Rami Abdul Rahman, disse à AFP que não houve grande resistência em Aleppo.
"Não houve combates, nem um único tiro foi disparado quando as forças do regime se retiraram", afirmou.
Segundo o analista Aaron Stein, a ofensiva devastadora "é um lembrete de como o regime é fraco". Ele observou, ainda, que "a presença russa [na Síria] foi consideravelmente reduzida".
Para Dareen Khalifa, especialista do International Crisis Group, a operação vinha sendo preparada há meses.
"Foi apresentada como uma campanha defensiva contra a escalada do regime", mas o HTS e seus aliados "também perceberam a mudança regional e geoestratégica", disse.
"Eles acreditam que agora os iranianos estão enfraquecidos e o regime está encurralado", acrescentou.
Os jihadistas e seus aliados obtiveram ganhos no norte, onde capturaram a cidade estrategicamente importante de Saraqib, localizada em uma estrada para Aleppo, a cerca de 40 quilômetros de distância, declarou o OSDH.
Na sexta-feira, o Exército russo informou que estava bombardeando forças "extremistas" e a Turquia pediu a suspensão dos bombardeios na região de Idlib.
Esta região é objeto de uma trégua intermediada por Turquia e Rússia após uma ofensiva do regime de Assad em março de 2020. Embora este cessar-fogo tenha sido repetidamente violado, continua em vigor.
O Irã, que apoia o Hezbollah, e a Rússia apoiaram militarmente o regime do presidente sírio durante a guerra civil, que foi desencadeada em 2011 pela repressão violenta às manifestações pró-democracia e depois pela rebelião.
A situação se transformou em um conflito complexo que, ao longo dos anos, envolveu atores regionais, potências estrangeiras e grupos jihadistas em combate em um território cada vez mais fragmentado.
A guerra deixou meio milhão de mortos e forçou milhões a deixarem suas casas.
Y.Bouchard--BTB