
-
PSG vence clássico contra Olympique de Marselha (3-1) e fica perto do título
-
Barça recupera liderança com virada espetacular diante do Atlético de Madrid
-
Inter vence Atalanta (2-0) e abre 3 pontos de vantagem sobre Napoli; Juve é goleada
-
Colômbia exercerá "toda a força" contra o ELN, diz ministro da Defesa
-
Draper vence Rune e conquista Masters 1000 de Indian Wells
-
Leverkusen vence Stuttgart (4-3) de virada nos acréscimos e se aproxima do Bayern
-
Arsenal vence derby contra Chelsea (1-0) e se consolida na vice-liderança da Premier
-
Andreeva vence Sabalenka e é campeã de Indian Wells aos 17 anos
-
Incêndio em boate na Macedônia do Norte deixa ao menos 59 mortos
-
Rebeldes no Iêmen reivindicam ataque contra porta-aviões dos EUA no Mar Vermelho
-
Trump envia 238 supostos membros do Tren de Aragua à prisão em El Salvador
-
Negociadores israelenses abordam questão dos reféns de Gaza com mediadores no Egito
-
Newcastle vence Liverpool (2-1) e conquista Copa da Liga, seu 1º título nacional em 70 anos
-
Com primeiro gol de Almada, Lyon vence Le Havre (4-2) e é 5º no Francês
-
Vaticano publica primeira foto do papa Francisco desde hospitalização
-
Eintracht encerra sequência negativa na Bundesliga com vitória sobre Bochum (3-1)
-
EUA enviam 238 supostos membros do 'Tren de Aragua' para detenção em El Salvador
-
Trump e Putin conversarão sobre a Ucrânia esta semana
-
Sete candidatos para suceder a Thomas Bach no COI
-
Empresa chinesa Baidu lança dois modelos gratuitos de IA
-
Israel e Hamas retomam conversações para prorrogar a trégua em Gaza
-
COI se reúne na Grécia para definir novo presidente
-
BCE considera que Trump provoca mais incerteza econômica que o período da pandemia
-
Papa Francisco reconhece que passa por 'período de provação' no hospital
-
Rússia e EUA discutem os próximos passos sobre a Ucrânia
-
Incêndio em boate na Macedônia do Norte deixa 59 mortos
-
Cápsula Crew Dragon chega à ISS para resgatar astronautas presos há nove meses
-
Rebeldes houthis do Iêmen ameaçam responder após bombardeios americanos
-
Papa Francisco diz que passa por 'período de provação' na mensagem do Angelus
-
Bolsonaro mobiliza seguidores antes de possível julgamento
-
Incêndio em boate deixa 51 mortos e mais de 100 feridos na Macedônia do Norte
-
Norris (McLaren) vence GP da Austrália, o 1º da temporada de F1; Bortoleto abandona
-
Draper e Rune vencem e farão final do Masters 1000 de Indian Wells
-
Nove civis mortos em bombardeios na capital do Iêmen, segundo rebeldes huthis
-
Monaco vence Angers no fim (2-0) e volta a ser 3º no Francês
-
Multidão protesta contra corrupção na capital da Sérvia
-
Rune vence Medvedev e vai à final do Masters 1000 de Indian Wells
-
Trump congela meios de comunicação públicos dos EUA que operam no exterior
-
Milan vence Como de virada (2-1) na estreia de Dele Alli, que é expulso
-
Com 2 de Mbappé, Real Madrid vence Villarreal (2-1) e assume liderança provisória
-
Papa Francisco relança do hospital seu grande projeto sobre futuro da Igreja
-
Mais de 100 mil pessoas protestam contra corrupção na capital da Sérvia
-
Bayern empata na visita ao Union Berlin (1-1) e dá esperanças ao Leverkusen
-
Premiê húngaro promete eliminar rivais políticos, juízes, imprensa e ONGs
-
City tropeça de novo com empate em casa contra o Brighton (2-2); Forest vence
-
Bombardeios israelenses deixam nove mortos em Gaza
-
Milhares de pessoas protestam contra a corrupção em Belgrado
-
Premiê britânico diz que Putin terá que iniciar discussão séria
-
Maioria dos cubanos continua sem energia elétrica
-
'Cuidar do cinema é cuidar de si mesmo', diz diretor do Festival de Cannes

Queda do regime de Assad expõe arsenais da droga captagon
A queda do regime de Bashar al-Assad expôs milhões de comprimidos de captagon, a droga que transformou a Síria em um narcoestado e que os rebeldes encontram diariamente em hangares e bases militares.
“Após uma inspeção, descobrimos que se tratava de uma fábrica pertencente a Maher al-Assad (irmão do ex-presidente) e seu sócio Amer Jiti”, disse à AFP Abu Malek al-Shami, combatente da coalizão liderada pelos rebeldes islamistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que surpreendeu o mundo ao tomar a Síria em pouco mais de 10 dias.
A ofensiva relâmpago acabou derrubando Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia, seu grande aliado.
Mas o paradeiro de seu irmão, um temido comandante da Quarta Divisão, a unidade de elite do Exército sírio, e considerado um dos chefes da rede de captagon da Síria, uma indústria avaliada em pelo menos US$ 10 bilhões (R$ 59 bilhões), permanece desconhecido.
Quanto ao deputado Amer Jiti, ele está entre os sancionados por Washington e Londres. No Reino Unido, ele é acusado de “facilitar a produção e o tráfico de drogas”.
- Escondido em caixas elétricas -
Nos hangares de uma pedreira perto de Damasco, Abu Malek al Shami (nome de guerra) continua a inspeção.
Até recentemente, as rampas da garagem subterrânea eram usadas para carregar milhões de tabletes bege sujos, habilmente escondidos nas bobinas de cobre das caixas elétricas disponíveis no mercado.
“É impossível descrever porque havia muitas máquinas cheias de captagon, prontas para serem exportadas”, disse Abu Malek.
Nesse galpão ainda há caixas daquelas usadas para disfarçar a carga dos caminhões de drogas, como sacos de soda cáustica - da Arábia Saudita, de acordo com os rótulos -, o principal ingrediente da metanfetamina, um estimulante como o captagon.
Essas drogas eram, de longe, a principal exportação da Síria de Bashar al-Assad, que, após quatorze anos de guerra, desencadeada pela repressão sangrenta de manifestações pró-democracia, tornou-se um pária internacional.
O conflito deixou mais de meio milhão de pessoas mortas.
- "Pressão no Golfo" -
Além dos suculentos benefícios financeiros, o captagon também proporcionou um meio de pressão diplomática ao presidente, já que ele não tinha mais permissão para deixar a Síria por ser persona non grata em grande parte do mundo.
Assad “usou o tráfico de captagon para pressionar os países do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, a reintegrar a Síria ao mundo árabe”, disse Hesham Alghannam, membro do Carnegie Middle East Center.
Em meio ao caos da guerra, a droga se espalhou muito além das fronteiras da Síria.
A Arábia Saudita é o maior mercado. Na Arábia Saudita, o captagon é a droga de festa da elite rica. Lá, é uma droga discreta e, entre os trabalhadores modestos, seu uso não é tão tabu quanto o do álcool. Esses funcionários recorrem a ela para acompanhar os ritmos infernais impostos a eles por seus superiores.
De acordo com Alghannam, foi graças à exploração desses vícios que o regime voltou a fazer parte da Liga Árabe em 2023. Pouco antes de sua queda, o presidente, eleito em 2000 por referendo para suceder seu pai Hafez al-Assad, chegou a ser recebido com grande pompa em Abu Dhabi e Riad.
- "Tudo foi queimado” -
Apesar de tudo isso, a Síria continuou a produzir milhões de comprimidos de captagon, uma anfetamina derivada de uma droga que supostamente trata a narcolepsia ou o transtorno de déficit de atenção.
Prova disso é o aeroporto militar de Mazzeh, nos arredores de Damasco, onde os combatentes do HTS recentemente queimaram milhares de comprimidos de captagon em um hangar.
Em outro quartel-general da Força Aérea, sacos de pílulas bege foram encontrados empilhados entre comprimidos falsificados de Viagra e imitações ruins de notas de cem dólares.
Todos esses prédios estão ligados a um homem: o todo-poderoso irmão do presidente deposto.
“Quando entramos, descobrimos um monte de captagon. Queimamos tudo”, disse um combatente do HTS que se identificou como Jatab.
A coalizão rebelde do HTS, que pretende liderar a Síria pós-Assad com seu governo interino, encerrará a produção e a exportação de captagon, disse o combatente Jatab.
Isso apesar do fato de o negócio do captagon gerar receitas que excedem todas as exportações legais combinadas da Síria, cujo setor está em crise.
A.Gasser--BTB