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Lula está sob cuidados semi-intensivos após cirurgia intracraniana
O presidente Luiz Inácio Lula Silva agora está sob "cuidados semi-intensivos" no hospital Sírio-Libanês onde, na terça-feira, o operaram de urgência de uma hemorragia intracraniana, informaram os médicos em seu boletim nesta sexta-feira (13).
Uma fonte da presidência explicou à AFP que o "monitoramento" do mandatário de 79 anos, que estava em terapia intensiva, "passa a ser intervalado" e não está sob controle permanente.
"Não vai sair do quarto onde está (UTI, Unidade de Terapia Intensiva), mas o monitoramento contínuo vai sendo retirado com a evolução do quadro", explicou a fonte.
Lula "segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores", acrescentou o boletim do hospital Sírio-Libanês.
O presidente foi operado com sucesso na terça-feira de uma hemorragia perto do cérebro derivada de um tombo sofrido há dois meses, quando caiu no banheiro do Palácio do Alvorada.
Dois dias depois, ele foi submetido a uma nova intervenção complementar, um cateterismo para minimizar o risco de novos sangramentos no futuro.
"(Lula) está neurologicamente perfeito", informou na quinta-feira o neurocirurgião Marcos Stavale, um dos médicos que o acompanham, em coletiva de imprensa.
Após deixar de receber cuidados intensivos, é previsto que o mandatário deixe o hospital na próxima segunda ou na terça-feira e volte a Brasília.
Uma vez na capital, precisará de "repouso relativo por algumas semanas", segundo os médicos.
Lula foi enviado na noite de segunda-feira ao hospital após sentir dores de cabeça. Os médicos detectaram que ele havia sofrido uma "hemorragia intracraniana", consequência tardia do tombo que levou há quase dois meses.
Em 19 de outubro, Lula caiu no banheiro do Palácio do Alvorada e machucou a nuca. Recebeu pontos e passou por avaliações periódicas por várias semanas.
A hemorragia detectada esta semana obrigou com que o operassem de urgência na madrugada de terça-feira, para drenar o sangramento e evitar que o hematoma comprimisse o cérebro.
Embora permaneça hospitalizado, Lula "está em exercício permanente (...) o presidente está assinando, despachando e dialogando", disse o Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.
O problema médico de Lula voltou a colocar sob os holofotes a questão da sucessão da esquerda, sem figuras claras para substitui-lo como eventual candidato nas eleições de 2026.
Em novembro, Lula disse que se não houver outro candidato, ele estará "pronto" para concorrer, mas espera que "não seja necessário" e haja uma "grande renovação política".
F.Müller--BTB