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Xi Jinping preside atos do 25º aniversário do retorno de Macau à China
O presidente da China, Xi Jinping, comanda nesta sexta-feira (20, data local) as celebrações do 25º aniversário da devolução ao país da antiga colônia portuguesa de Macau, transformada agora em capital mundial do jogo e dos cassinos.
Macau é apresentada por Pequim como um exemplo perfeito de sua política de "Um país, dois sistemas" que permitiu a essa cidade, ou à vizinha Hong Kong, manter certa autonomia e liberdades impossíveis no restante da China.
Quando este antigo porto comercial português voltou para domínio chinês em 20 de dezembro de 1999, Pequim prometeu que seu "sistema capitalista e estilo de vida permanecerão inalterados durante 50 anos".
Ao chegar à cidade na quarta-feira, Xi celebrou o "sucesso mundialmente reconhecido" de Macau e a descreveu como "uma pérola na palma da nação".
As celebrações desta sexta começaram com uma cerimônia de hasteamento da bandeira na Lotus Square, à qual compareceu o futuro dirigente da cidade, Sam Hou-fai, que toma posse durante a jornada.
A segurança foi reforçada em toda a cidade, com controles policiais nas estradas e nos pontos de entrada de viajantes.
Terminados os 442 anos de domínio português, a fortuna de Macau floresceu em paralelo ao forte crescimento econômico da China.
É o único lugar da China onde o jogo é permitido e que já superou, há muito tempo, a americana Las Vegas como capital mundial dos cassinos em termos de receitas, impulsionadas pelos gastos dos turistas chineses.
Com uma população de 687 mil habitantes, Macau recebeu 29 milhões de visitantes nos primeiros dez meses deste ano.
Seu PIB passou de 6,4 bilhões de dólares em 1999 para mais de 47 bilhões no ano passado, e sua população tem a maior renda per capita da China.
Diante das instruções recebidas de Pequim para diversificar a economia, os líderes locais visam agora os serviços financeiros, a tecnologia e a medicina chinesa como novos fatores de crescimento.
Contudo, em novembro, os impostos vinculados ao jogo ainda representavam 81% das receitas governamentais e especialistas consideram que Macau ainda está muito distante de deixar de depender de seus cassinos.
M.Ouellet--BTB