
-
Piqué nega ter pagado propina a Rubiales na mudança da Supercopa da Espanha à Arábia Saudita
-
Estrelas do futebol mandam mensagens de apoio ao papa, que completa um mês internado
-
Ex-presidente filipino Duterte comparece pela 1ª vez ao TPI por videoconferência
-
Leclerc é o mais rápido nos treinos livres do GP da Austrália; Hamilton é 5º
-
Esculturas antigas eram perfumadas, aponta estudo dinamarquês
-
Imigrantes sem documentação vivem aterrorizados em Aurora
-
Imigrantes em situação regular lamentam serem alvo das patrulhas de Trump
-
EUA mais uma vez à beira da paralisação orçamentária
-
Carney assume o governo do Canadá em meio a ameaças dos EUA
-
O que se sabe sobre a descoberta de restos humanos em um centro de treinamento criminoso no México?
-
Papa completa quatro semanas de hospitalização com quadro 'estacionário'
-
Rússia quer mais negociações com EUA sobre possível trégua na Ucrânia
-
Museu de Hong Kong coloca Picasso em diálogo com a arte asiática
-
Cotação do ouro supera US$ 3.000 com tarifas e temores geopolíticos
-
China e Rússia pedem fim das sanções contra o Irã por seu programa nuclear
-
Eclipse total da Lua admirado em diversos continentes
-
Papa completa quatro semanas de hospitalização com mais uma noite 'tranquila'
-
Incêndio em avião em Denver deixa 12 feridos
-
Alcaraz vence argentino Cerúndolo e avança às semis em Indian Wells
-
Bahia vence Boston River (1-0) e vai à fase de grupos da Libertadores
-
Justiça uruguaia condena ex-banqueiro a 9 anos de prisão por fraude em 2002
-
Sabalenka vence Samsonova e reencontrará Keys na semifinal de Indian Wells
-
Suspeitas de corrupção voltam a abalar Parlamento Europeu
-
Dezenas são detidos em protestos pró-palestinos na Trump Tower
-
EUA à beira da paralisação orçamentária
-
Canadá pede unidade contra invasão russa com G7 dividido por nova postura dos EUA
-
STF decidirá em 25 de março se julga Bolsonaro por tentativa de golpe
-
Medvedev sobrevive a Fils e volta à semifinal de Indian Wells
-
United goleia Real Sociedad (4-1) e vai às quartas da Liga Europa
-
Ativistas judeus pró-Palestina protestam dentro da Trump Tower
-
Putin mostra-se favorável a trégua com Ucrânia, mas com 'nuances'
-
Ativistas judeus pró-palestinos protestam dentro da Trump Tower
-
Chefe da Otan mostra prudência perante Trump sobre Groenlândia e defesa
-
Swiatek se vinga de Zheng e avança à semifinal em Indian Wells
-
Athletic Bilbao vence Roma (3-1) e vai às quartas da Liga Europa
-
Explosão perto de penitenciária deixa um morto e dois feridos no Equador
-
Manifestantes exigem aumento de pensões na Venezuela, de menos de US$ 2 por mês
-
Putin se mostra favorável a uma trégua com a Ucrânia desde que 'assuntos importantes' sejam resolvidos
-
Síria anuncia roteiro constitucional para os próximos cinco anos
-
Com Hamilton na Ferrari e vários candidatos à vitória, temporada da F1 começa na Austrália
-
De onde vem a extravagante ideia de Trump de anexar o Canadá?
-
Dezenas de corpos são exumados do hospital Al Shifa em Gaza
-
Jornalista em estado crítico após repressão policial em protesto argentino
-
Kimmich renova com o Bayern de Munique até 2029
-
Selva de Darién deixa de ser corredor migratório para os EUA, diz presidente do Panamá
-
Canadá pede unidade contra invasão russa com G7 dividido
-
Suspeitas de corrupção sacodem novamente o Parlamento Europeu
-
Donatella Versace deixa direção artística da icônica marca de moda italiana
-
Cânion da coca, o tendão de Aquiles do projeto de paz na Colômbia
-
Jogador da Malásia vítima de ataque com ácido volta à seleção do país

Cinco pontos sobre o canal do Panamá, na mira de Trump
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou retomar o Canal do Panamá se a administração da hidrovia não reduzir o preço dos pedágios para os navios americanos e acusou a China de estar por trás de suas operações.
Confira a seguir cinco pontos para entender a questão do canal.
- Administração panamenha, não chinesa -
A hidrovia interoceânica de 80 km de extensão é operada pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP), um órgão público autônomo.
Suas funções estão descritas na Constituição, que afirma que o canal “constitui um patrimônio inalienável da nação panamenha” e está aberto a embarcações “de todas as nações”.
Os Estados Unidos, com 74% da carga, e a China, com 21%, são seus principais usuários. Eles são seguidos por Japão, Coreia do Sul e Chile.
O governo panamenho, a pedido da ACP, estabelece o preço dos pedágios de acordo com as necessidades do canal e a demanda do comércio internacional.
A taxa é determinada pela capacidade de carga dos navios, não pelo país de origem.
“O canal não é controlado direta ou indiretamente pela China, pela comunidade europeia, pelos Estados Unidos ou por qualquer outra potência”, disse o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, repudiando as ameaças de Trump.
Todas as embarcações, incluindo navios de guerra e submarinos, são conduzidas por um piloto panamenho enquanto navegam pelo canal.
- Parte da história nacional -
A independência do Panamá da Colômbia, em 1903, está ligada ao canal interoceânico.
Após o fracasso do conde francês Ferdinand de Lesseps em abrir um canal no istmo, os Estados Unidos promoveram a separação da província do Panamá e assinaram um tratado com o país nascente, cedendo terra e água perpetuamente para a construção do canal.
Após 10 anos de construção e um investimento de 380 milhões de dólares na época, o canal foi inaugurado em 15 de agosto de 1914 com a travessia do navio a vapor Ancón.
Ficaram para trás 25.000 mortes por doenças e acidentes durante a construção francesa e americana.
O canal “faz parte de nossa história de luta e é uma conquista irreversível”, disse Mulino.
- Enclave dos EUA -
Washington estabeleceu a “Zona do Canal”, um enclave com a bandeira dos EUA, com suas próprias bases militares, polícia e sistema judiciário.
Isso levou a décadas de exigências panamenhas para reunificar o país e assumir o controle da hidrovia.
Em 1977, o líder nacionalista panamenho Omar Torrijos e o presidente dos EUA Jimmy Carter assinaram os tratados que permitiram que o canal fosse transferido para o Panamá em 31 de dezembro de 1999.
“Qualquer tentativa de reverter essa conquista histórica não apenas desonra nossa luta, mas também é uma ofensa à memória daqueles que a tornaram possível”, escreveu o ex-presidente Martín Torrijos, filho do general, nas redes sociais.
Os tratados Torrijos-Carter, apoiados por mais de 40 países, estabelecem que o canal é neutro e que qualquer navio pode passar por ele.
A única condição é que ele atenda aos padrões de segurança e que os navios militares de países em conflito não passem pelo canal ao mesmo tempo.
- Atalho com eclusas -
O canal conecta o Oceano Pacífico com o Oceano Atlântico. Ao contrário do Canal de Suez, no Egito, ele opera com água doce (da chuva), armazenada em dois lagos artificiais.
Uma seca colocou as operações em xeque no final de 2023 e o número de trânsitos foi reduzido, mas a situação voltou ao normal.
A hidrovia opera com eclusas, um tipo de elevador que eleva os navios 26 metros para atingir o nível do Lago Gatun e atravessá-lo.
Outro conjunto de eclusas os leva ao nível do mar para continuar sua rota.
O canal transformou a navegação e o comércio mundial. Em cerca de oito horas, os navios passam de um oceano para o outro sem ter de percorrer todo o caminho até o Cabo Horn, no extremo sul das Américas. De Nova York a São Francisco, um navio economiza uma viagem de 20.300 km.
- A galinha dos ovos de ouro -
O canal, por onde passam 5% do comércio marítimo mundial, conecta mais de 1.900 portos em 170 países.
No início do século XXI, ele havia se tornado muito pequeno, por isso, entre 2009 e 2016, foi ampliado. Hoje, navios de até 366 metros de comprimento e 49 metros de largura podem passar por ele, o que equivale a quase quatro campos de futebol.
O canal contribui com 6% do PIB do Panamá. Desde 2000, o canal rendeu mais de US$ 28 bilhões (172 bilhões de reais) ao Tesouro, muito mais do que nos 85 anos de administração dos EUA (US$ 1,878 bilhão ou R$ 11,5 bilhões).
No último ano fiscal, passaram por ele mais de 11.200 navios, transportando 423 milhões de toneladas de carga, e contribuindo com US$ 2,47 bilhões (15,2 bilhões de reais) para o Tesouro.
Os americanos “mais do que se beneficiaram com o canal, ele nunca foi um presente” para o Panamá, disse à AFP o ex-chefe da ACP, Jorge Quijano.
W.Lapointe--BTB