- Talibãs proíbem construir janelas onde mulheres possam ser vistas
- Pássaros, pesadelo dos pilotos, estão por trás de muitos acidentes aéreos
- Djokovic critica falta de transparência nos casos de doping
- Azerbaijão acusa Rússia de tentar esconder causas de acidente aéreo
- Turistas americanos no Panamá rebatem Trump: 'o canal é panamenho'
- Comoção e lágrimas no aeroporto de Muan após trágico acidente de avião na Coreia do Sul
- Autópsia de ex-ditador do Suriname revela morte por 'insuficiência hepática'
- O que se sabe sobre o acidente de um avião que deixou quase 180 mortos na Coreia do Sul
- Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 179 mortos e dois sobreviventes
- Ondas intensas atingem costas do Peru e do Equador
- Croatas votam com o presidente Milanovic como favorito
- Novo presidente da Geórgia toma posse questionado pela oposição pró-europeia
- Acidente de avião na Coreia do Sul deixa mais de 160 mortos
- Trump alinha-se com Musk e apoia vistos para trabalhadores qualificados nos EUA
- Ondas gigantes deixam um morto no Equador e portos fechados no Peru
- LeBron James comemora seus 40 anos em meio a um futuro incerto
- Atalanta empata no fim cobntra Lazio e salva liderança; Inter fica a um ponto
- Putin pede desculpas ao Azerbaijão por queda de avião sem aceitar responsabilidade russa
- Kyrgios diz que casos de doping de Sinner e Swiatek são "repugnantes"
- Israel confirma fim de operação em hospital de Gaza e que prendeu diretor da instituição
- Líder isolado, Liverpool de Arne Slot fecha 2024 com visita ao West Ham
- Putin admite que sistema antiaéreo russo estava ativo no momento da queda de avião no Cazaquistão
- Argentina vence Austrália na United Cup de tênis; Grécia bate Espanha
Crise política afeta economia da Coreia do Sul
O caos político no qual se encontra a Coreia do Sul após a efêmera instauração de uma lei marcial e a destituição do presidente e de seu substituto provocou a desvalorização de sua moeda e pode enfraquecer a economia nacional a longo prazo.
O won, que caiu para o seu nível mais baixo desde 2009 na sexta-feira (27), vem se desvalorizando desde que o ex-presidente Yoon Suk Yeol chocou o país ao tentar decretar lei marcial no início de dezembro.
De acordo com números divulgados no mesmo dia pelo Banco da Coreia, o banco central do país, o nível de confiança das empresas e dos consumidores despencou em dezembro, atingindo os níveis mais baixos desde a pandemia de covid-19.
Na madrugada de 4 de dezembro, Yoon Suk Yeol declarou a lei marcial, algo que não ocorria desde 1980, e enviou o exército ao Parlamento, antes de recuar devido à pressão dos deputados e de milhares de manifestantes pró-democracia.
O Parlamento destituiu Yoon em 14 de dezembro e, também na sexta-feira, destituiu seu substituto interino, o primeiro-ministro Han Duck-soo, acusado de participar da insurreição. Com isso, o país ficou sob os cuidados do ministro das Finanças, Choi Sang-mok.
Em sua primeira declaração, ele se comprometeu a reduzir a tensão política. "O governo dedicará todos os seus esforços para superar este período turbulento", disse.
- Indefinição em torno da Corte Constitucional -
A Corte Constitucional deve se pronunciar sobre a validade da destituição do presidente em um prazo de seis meses. O problema é que, atualmente, o tribunal está com três juízes a menos, que se aposentaram e não foram substituídos. E embora o tribunal superior possa funcionar com os seis juízes atuais, um único voto dissidente significaria o retorno de Yoon à presidência.
A oposição queria que Han aprovasse mais três nomeações para a Corte Constitucional, o que ele se recusou a fazer, deixando a situação empacada.
"Embora enfrentemos desafios inesperados, estamos convencidos de que nossa economia, robusta e resiliente, se estabilizará rapidamente", garantiu na sexta-feira o novo presidente interino.
Choi Sang-mok, de 61 anos, passa a acumular três cargos: presidente interino, primeiro-ministro interino e ministro das Finanças. Ele também herda um orçamento para 2025 com um corte de 4,1 trilhões de wons (cerca de R$ 17 bilhões).
"A crise política se desenvolve em um contexto econômico difícil", explicou Gareth Leather, da Capital Economics, uma empresa de pesquisa econômica independente, em uma nota de análise.
"O PIB cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior, e não se espera que cresça mais de 2% neste ano", impactado pela desaceleração da demanda mundial de semicondutores.
- Resistência ao caos -
"A longo prazo, a polarização política e a incerteza podem frear os investimentos na Coreia", acrescentou Leather, lembrando o caso da Tailândia, um país ultrapolarizado cuja economia está estagnada desde o golpe de Estado de 2014.
No entanto, a maioria dos especialistas insiste que a economia sul-coreana tem resistido ao caos até agora. A atividade econômica continua como se nada tivesse acontecido, e todas as manifestações anti ou pró-Yoon ocorreram de forma pacífica.
O Banco da Coreia prometeu, em 4 de dezembro, injetar liquidez suficiente para estabilizar os mercados. O índice Kospi da Bolsa de Seul teve perdas limitadas de 3,8% desde 3 de dezembro.
"Os investidores não devem se preocupar com a estabilidade a longo prazo", afirmou à AFP Park Sang-in, professor de Economia da Universidade Nacional de Seul.
"Comparado com os Estados Unidos de Trump, acho que na Coreia do Sul temos uma situação muito mais estável e madura", acrescentou.
K.Thomson--BTB