
-
Premiê do Canadá quis reforçar em Paris e Londres as relações com a Europa
-
Texas detém e processa primeira acusada por prática de aborto
-
Trump recebe astro do MMA Conor McGregor na Casa Branca
-
Trump diz que Xi visitará EUA "em um futuro não muito distante"
-
Alarcón, do Boca Juniors, é operado após sofrer séria lesão no joelho
-
Conferência internacional de doadores promete ajuda bilionária à Síria
-
Exército dos EUA vai encerrar tratamentos para transição de gênero
-
Olympique de Marselha denuncia ataques a Rabiot em jogo contra PSG
-
Huthis denunciam novos bombardeios dos EUA no Iêmen
-
Casa Branca diz agir dentro da lei com deportações para El Salvador
-
Internado, papa Francisco respira sem aporte de oxigênio por 'breves momentos'
-
Comediante Conan O'Brien voltará a apresentar o Oscar em 2026
-
Premiê do Canadá quer reforçar as relações com a Europa ante tensões com EUA
-
Vazamento de petróleo no Equador deixa ao menos 15 mil afetados
-
Trump afirma que indultos de Biden a aliados não são válidos
-
Messi, lesionado, está fora dos jogos da Argentina contra Uruguai e Brasil
-
Diretor da OMS alerta que cortes dos EUA na saúde global ameaçam milhões de pessoas
-
Lei de Inimigos Estrangeiros, a arma de Trump em sua 'guerra' migratória
-
UE aumenta ajuda humanitária para a Síria pós-Assad
-
Iêmen registra protestos em massa após bombardeios dos EUA
-
Após 12 anos no cargo, Thomas Bach diz deixar presidência do COI 'muito tranquilo'
-
Jovens são cada vez mais afetados por diversos tipos de câncer
-
Federação espanhola marca jogo adiado do Barcelona para 27 de março
-
Primeiro-ministro do Canadá quer reforçar as relações com a Europa ante tensões com EUA
-
Tatuador de nove anos causa surpresa na Tailândia
-
Irã confirma sua 'determinação' em cooperar com a AIEA em questões nucleares
-
Número de mortes provocadas por tornados no fim de semana nos Estados Unidos sobe para 40
-
'Senhor das frutas' conserva a riqueza natural da Colômbia
-
Rússia confirma que Trump e Putin conversarão por telefone na terça-feira
-
OCDE reduz previsão crescimento mundial em 2025 em cenário de tensões comerciais
-
Estilista Jonathan Anderson deixa marca espanhola de luxo Loewe
-
Agricultor peruano leva gigante da energia à Justiça alemã por degelo nos Andes
-
João Fonseca ganha 20 posições e é o número 60 no ranking da ATP
-
Atriz belga Emilie Dequenne morre aos 43 anos vítima de um tipo raro de câncer
-
Diretor da UNRWA acredita que está do 'lado certo da História'
-
Os nove presidentes do COI desde sua fundação em 1894
-
Governo Trump inicia demissões em massa na Voice of America
-
China convoca brasileiro para eliminatórias da Copa do Mundo
-
Rebeldes no Iêmen reivindicam ataques contra porta-aviões dos EUA no Mar Vermelho
-
PSG vence clássico contra Olympique de Marselha (3-1) e fica perto do título
-
Barça recupera liderança com virada espetacular diante do Atlético de Madrid
-
Inter vence Atalanta (2-0) e abre 3 pontos de vantagem sobre Napoli; Juve é goleada
-
Colômbia exercerá "toda a força" contra o ELN, diz ministro da Defesa
-
Draper vence Rune e conquista Masters 1000 de Indian Wells
-
Leverkusen vence Stuttgart (4-3) de virada nos acréscimos e se aproxima do Bayern
-
Arsenal vence derby contra Chelsea (1-0) e se consolida na vice-liderança da Premier
-
Andreeva vence Sabalenka e é campeã de Indian Wells aos 17 anos
-
Incêndio em boate na Macedônia do Norte deixa ao menos 59 mortos
-
Rebeldes no Iêmen reivindicam ataque contra porta-aviões dos EUA no Mar Vermelho
-
Trump envia 238 supostos membros do Tren de Aragua à prisão em El Salvador

Legado de Carter sobrevive em uma paz sólida, porém fria, entre Egito e Israel
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, falecido no domingo, conseguiu negociar um tratado de paz histórico entre o Egito e Israel que, embora seja considerado frio e instável, tem se mantido até mesmo durante a atual guerra em Gaza.
"Em 45 anos não tivemos nenhuma guerra" com o Egito, disse à AFP Ruth Wasserman Lande, uma ex-diplomata israelense no Cairo. Mas também "não iria tão longe a ponto de dizer que é uma paz", acrescentou.
Egito e Israel mantiveram estreitas relações comerciais, colaboraram em questões de segurança e diplomáticas durante quase meio século desde o acordo que fez do Cairo o primeiro governo árabe a reconhecer Israel.
O tratado de paz de 1979 resultou na retirada israelense da península do Sinai, ocupada durante a guerra de 1967, e o Cairo se tornou um dos principais receptores de ajuda militar dos Estados Unidos, junto com Israel, seu vizinho.
No entanto, para os egípcios comuns, Israel ainda é um inimigo público.
Os funcionários do governo do Cairo, por exemplo, evitam referências claras a Israel nas comunicações sobre economia, apesar do peso importante no comércio de energia.
A devastadora guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, ambos fronteiriços com o Egito, revitalizou a longa história de solidariedade dos egípcios com os palestinos.
Por outro lado, os turistas israelenses, que costumavam visitar em massa os balneários no Sinai, deixaram de fazê-lo em outubro de 2023, quando eclodiu a guerra devido ao ataque do Hamas a Israel.
Alguns analistas acusam Israel de violar o acordo de paz com suas ações em Gaza.
O professor da Universidade do Cairo, Mustapha Kamel al Sayyid, considera que a tomada israelense do lado palestino da fronteira entre Gaza e o Egito em maio passado foi uma "violação flagrante do tratado" de paz.
Mas, mesmo assim, o acordo sobrevive, se mantém, e os analistas concordam que nenhum dos dois governos considera suspender o tratado.
Na segunda-feira, tanto o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sissi, quanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prestaram homenagem ao legado diplomático de Carter, que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz.
- "Tendencioso" ou "justo"? -
Embora os analistas concordem que não há questionamento sobre o tratado, a paz nunca se tornou amizade.
Meio século depois do histórico acordo assinado pelo presidente egípcio Anwar al Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin, em Camp David, em setembro de 1978, Carter é visto de maneira diferente de cada lado da fronteira.
No dia 6 de outubro de 1981, Anwar al Sadat foi assassinado por islamistas egípcios, que o acusaram de cometer uma traição que merecia a morte.
Do lado israelense, "nas últimas décadas, as críticas de Carter à política israelense levaram uma parte significativa da opinião pública a ver sua atitude como tendenciosa e desequilibrada em relação a Israel", estima Ofir Winter, pesquisador principal do Instituto de Estudos de Segurança Nacional da Universidade de Tel Aviv.
Carter se opôs firmemente à expansão dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados e acusou Israel de praticar uma política de apartheid.
Em 2015, Benjamin Netanyahu se recusou a se reunir com Carter durante uma visita a Israel.
Por sua vez, Mustapha Kamel al Sayyid, professor de ciências políticas da Universidade do Cairo, acredita que Carter será lembrado como "o presidente americano que demonstrou ser o mais justo com os árabes".
- "Ninguém quer guerra" -
No Cairo, não há bandeira de Israel desde que manifestantes invadiram a embaixada israelense após a revolução egípcia de 2011.
Quando retornou em 2015, a missão diplomática israelense passou a operar a partir da residência do embaixador no luxuoso bairro de Maadi, ao sul do Cairo, mas quase uma década depois ainda não tem um endereço oficial na capital.
Segundo Winter, o Cairo também tem atrasado desde 2024 a acreditação do novo embaixador de Israel, aguardando "um clima político que permita ao presidente egípcio recebê-lo publicamente".
O Egito, um aliado-chave dos Estados Unidos, tem caminhado na corda bamba na diplomacia desde o início da guerra entre Israel e Hamas: acusou Israel de crimes de guerra em Gaza e também tentou manter seu papel como mediador para um cessar-fogo.
Segundo o historiador Tewfick Aclimandos, do Centro Egípcio de Estudos Estratégicos, "o Egito se apega firmemente ao tratado de paz como uma opção estratégica". "Não é por amor a Israel... mas ninguém quer guerra", disse à AFP.
R.Adler--BTB