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Ministro do Interior diz que 125 'mercenários' foram detidos na Venezuela por planos contra Maduro
O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou, nesta segunda-feira (6), que 125 "mercenários" de "diversas nacionalidades" foram detidos após serem acusados de "atos terroristas", os quais ele vinculou à oposição liderada por María Corina Machado.
Sem dar maiores detalhes, Cabello disse que o número inclui venezuelanos e estrangeiros provenientes de países como Colômbia, Estados Unidos, Peru, Espanha, Itália, Uruguai, Suíça, República Tcheca, Líbano, Albânia, Países Baixos, Israel, Argentina, Guiana e Iêmen.
"São 125 detidos, mercenários, neste momento", por "execução de atos terroristas na Venezuela, atos de desestabilização", afirmou em uma coletiva de imprensa com veículos de comunicação pró-governo.
As denúncias de planos para provocar violência são frequentes no governo venezuelano, que diariamente acusa seus opositores de conspirar contra o presidente Nicolás Maduro com o apoio dos Estados Unidos e da vizinha Colômbia.
Cabello afirmou que o financiamento dos "mercenários" detidos "vem do narcotráfico e do narcoparamilitarismo colombiano, com apoio dos (ex-presidentes) Álvaro Uribe e Iván Duque".
"É o financiamento que a senhora María Corina Machado recebe de grupos terroristas que querem levar a Venezuela ao caos", acrescentou.
O anúncio ocorre quatro dias antes da posse de Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude em sua reeleição, e a três dias dos protestos convocados por Machado na véspera.
As autoridades realizaram um grande esquema de segurança, com policiais encapuzados nos acessos a Caracas e nas imediações do palácio do governo e do Parlamento. Estações de metrô de Caracas estão sendo vigiadas por agentes armados.
A reeleição de Maduro gerou protestos que deixaram 28 mortos, 200 feridos e mais de 2.400 detidos, incluindo adolescentes, que também foram acusados de terrorismo e enviados para prisões de segurança máxima. Cerca de 1.500 já foram libertados.
N.Fournier--BTB