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Trump não descarta ação militar para controlar Canal do Panamá e Groenlândia
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se negou, nesta terça-feira (7), a descartar uma ação militar que lhe permita assumir o controle total do Canal do Panamá ou da Groenlândia.
"Posso dizer o seguinte: precisamos deles por razões de segurança econômica. Não vou me comprometer a isso [descartar uma ação militar]. Pode ocorrer que tenhamos que fazer algo", disse Trump à imprensa em sua residência em Mar-a-Lago, no sul da Flórida.
"Desde que vencemos as eleições, a percepção de todo o mundo é diferente. Pessoas de outros países me ligaram e me disseram: 'Obrigado, obrigado'", contou Trump enquanto expunha seu programa para os próximos quatro anos.
Eliminar a fronteira "artificialmente traçada" entre os Estados Unidos e o Canadá seria uma grande ajuda para a segurança nacional, acrescentou o republicano.
Após o anúncio da renúncia do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, Trump avaliou que o Canadá deveria se fundir com os Estados Unidos, um comentário que irritou o vizinho do norte.
Trump já havia dito em várias ocasiões que gostaria de recuperar o Canal do Panamá, construído pelos Estados Unidos e inaugurado em 1914, se não fossem reduzidos os pedágios para os navios americanos.
Nesta terça, ele voltou a criticar o acordo assinado em 1977 pelo então presidente americano Jimmy Carter - falecido recentemente -, que transferiu o controle do canal ao Panamá em 1999.
Logo após o Natal, Trump também disse que "pelo bem da segurança nacional e da liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos da América acreditam que a propriedade e o controle da Groenlândia são uma necessidade absoluta".
O filho do presidente eleito, Donald Trump Jr., também chegou à Groenlândia nesta terça para uma visita privada na qualidade de "turista", declarando que não tinha prevista nenhuma reunião oficial.
L.Dubois--BTB