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Mãe de jornalista americano desaparecido na Síria diz que nova liderança está determinada a encontrá-lo
A mãe do jornalista americano Austin Tice, desaparecido na Síria desde 2012, disse nesta segunda-feira (20) em Damasco que os novos líderes estavam "determinados" a encontrar seu filho.
Austin Tice trabalhava para a Agence France-Presse, McClatchy News, The Washington Post, CBS e outros veículos de comunicação quando desapareceu em 2012 perto de Damasco, enquanto a Síria estava em guerra há mais de um ano.
"Tive o privilégio de conhecer os novos líderes da Síria", disse Debra Tice. "Foi maravilhoso saber que eles estão comprometidos e determinados a trazer meu filho para casa", acrescentou.
A ONG Hostage Aid Worldwide disse no final de dezembro que acreditava que Austin Tice estava vivo, sem fornecer nenhuma informação concreta sobre seu paradeiro.
A mãe dele também disse ter informações de que seu filho estava vivo, enquanto o novo governo sírio, que derrubou Bashar al-Assad em dezembro, disse que estava procurando por ele.
"Tenho grandes esperanças de que o governo Trump se envolva e seja muito diligente nos esforços para trazer Austin de volta para casa", disse ela nesta segunda-feira, acrescentando que assessores do novo presidente já entraram em contato com ela.
"Acho que eles agirão rapidamente", disse Tice, poucas horas antes da posse do novo presidente dos EUA.
O diretor da ONG, Nizar Zakka, acredita que Tice foi preso entre novembro de 2017 e fevereiro de 2024 pelo governo de Al-Assad.
Em entrevista à AFP em 13 de janeiro, Zakka disse que sua ONG tinha "muitas pistas", acrescentando que havia recebido ligações após uma grande campanha pedindo informações sobre Tice a sírios de todo o país.
A coalizão de rebeldes islamistas que derrubou Assad em 8 de dezembro abriu prisões e libertou milhares de detidos, incluindo um americano, mas Tice continua desaparecido.
F.Pavlenko--BTB