- Santander anuncia lucro recorde de € 12,574 bilhões em 2024
- Chinês Zhou Guanyu será piloto reserva da Ferrari em 2025
- Argentina deixa a Organização Mundial da Saúde
- Jenni Hermoso foi pressionada pela RFEF para que minimizasse beijo forçado, afirma seu irmão
- As reações à proposta de Trump de 'tomar o controle' da Faixa de Gaza
- Santos relaciona Neymar, que pode estrear em seu retorno ao Brasil
- China acusa Estados Unidos de 'reprimir' suas empresas
- Mossul recupera sua identidade com reconstrução de minarete icônico
- Filha de Gisèle Pelicot publicará novo livro sobre vítimas de estupro
- Musical 'Emilia Pérez' tropeça em sua corrida para o Oscar
- Clamor internacional contra proposta de Trump de 'assumir controle' de Gaza e transferir palestinos
- A luta indígena, um desafio para o futuro presidente do Equador
- UE propõe taxar importação de produtos de comércio eletrônico para financiar controles
- Kremlin chama de 'vazias' as palavras de Zelensky sobre negociar com Putin
- Lula diz que 'quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos'
- Alauítas sírios sofrem com desejo de vingança contra os Assad
- Polícia sueca aponta suicídio de autor do pior massacre da história do país
- De Paris a Nova York, principais museus passam por grande transformação
- Hamas rejeita proposta 'racista' de Trump de assumir controle de Gaza e transferir palestinos
- Suécia em estado de choque após o pior massacre da história do país
- Nissan sofre queda na Bolsa após informação de que descartou fusão com a Honda
- Trump diz que EUA 'assumirá controle' da Faixa de Gaza
- Netflix retira protagonista de 'Emilia Pérez' de campanha para o Oscar (imprensa)
- Rubio chega à Guatemala para tratar da crise migratória
- Brasil vence Uruguai (1-0) em sua estreia na fase final do Sul-Americano Sub-20
- Ministra argentina responsabiliza grupo mapuche por incêndios na Patagônia
- Trump diz que palestinos 'adorariam' ir embora de Gaza
- Atlético de Madrid goleia Getafe (5-0) e já está nas semifinais da Copa do Rei
- Argentina estreia na fase final do Sul-Americano Sub-20 com vitória sobre o Chile (2-1)
- PSG vence Le Mans (2-0) e vai às quartas da Copa da França
- Trump recebe Netanyahu e diz que palestinos 'adorariam' ir embora de Gaza
- Alcaraz perde set, mas avança na estreia no ATP 500 de Roterdã
- Stuttgart vence Augsburg (1-0) e avança às semifinais da Copa da Alemanha
- Atlanta United anuncia marfinense como contratação mais cara da história da MLS
- Chefe do Pentágono vai visitar o Panamá em abril em meio a crise
- Ex-número 1 do mundo Simona Halep anuncia aposentadoria do tênis
- Trump assina decreto para retirar EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU
- Rubio oferece apoio à Costa Rica diante de 'chantagem' da China
- Rubio culpa Nicarágua, Venezuela e Cuba por crise migratória na região
- México inicia envio de 10 mil militares para a fronteira com os EUA
- Primeiro dia da nova guerra de tarifas entre EUA e China
- Doncic chega aos Lakers com fome de títulos após surpreendente saída dos Mavericks
- 'Pior ataque a tiros em massa da história' da Suécia deixa 10 mortos
- Robert Kennedy Jr. supera novo obstáculo para confirmação nos EUA
- 'Objetos externos' podem ter atingido avião da Azerbaijan Airlines antes de cair
- Estão 'em curso' primeiros voos com migrantes dos EUA para Guantánamo (Casa Branca)
- Tiger Woods anuncia falecimento da mãe
- Primeiro dia da guerra de tarifas entre EUA e China
- Ataque a tiros em escola para adultos deixa 10 mortos na Suécia
- Especulado no Real Madrid, Alphonso Davies renova com o Bayern até 2030
A luta indígena, um desafio para o futuro presidente do Equador
Eles são minoria, mas abalam governos. Independentemente de seu candidato ganhar ou perder as eleições do Equador, os povos indígenas continuarão sendo protagonistas na esfera política por meio de protestos e fortes demandas contra as elites tradicionais.
Eles conseguiram vitórias nas urnas e nos tribunais para proteger a natureza das atividades petroleiras e da mineração. Nas ruas, derrubaram três presidentes entre 1997 e 2005, e, mais recentemente, levaram dois governos a reverter o aumento do preço dos combustíveis.
Embora os povos originários representem apenas 8% dos quase 18 milhões de habitantes do Equador, suas tradições, culinária e idiomas permeiam a identidade de um país com profundas raízes indígenas.
A 60 quilômetros de Quito, cerca de 42.000 habitantes do povo Quechua vivem da venda de tecidos em Otavalo. Vestidos com trajes tradicionais e agitando bandeiras multicoloridas, dezenas deles cercam seu líder e candidato à presidência, Leonidas Iza.
Usando uma grossa trança preta que chega até a cintura, um chapéu de tecido preto e um poncho vermelho, o engenheiro ambiental de 42 anos abre caminho em meio a abraços, selfies e gritos de "juyayayay (vida longa) Conaie", a poderosa organização indígena que ele lidera.
"Sou mais uma das pessoas que estão sofrendo no momento e que querem mudanças para este país", disse ele à AFP.
Iza se opõe ao presidente Daniel Noboa e à candidata Luisa González, herdeira política do ex-mandatário socialista Rafael Correa (2007-2017), ambos favoritos para as eleições de domingo.
Mas garante que, independentemente dos resultados, os povos indígenas continuarão "mudando as estruturas sociais" e pressionando para serem ouvidos.
"O movimento indígena tornou-se um sujeito político decisivo nos espaços de disputa política, econômica, social e cultural", declarou.
- "Muito racista" -
Os povos originários têm tomado as ruas de Quito há semanas para expressar seu descontentamento.
Manifestações violentas colocaram os governos de Lenín Moreno (2017-2021) e Guillermo Lasso (2021-2023) em um beco sem saída quando eliminaram milhões em subsídios aos combustíveis, que elevaram o custo de vida. Sob pressão dos protestos, os presidentes reverteram as medidas.
E embora os indígenas tenham atuado como aliados no início do mandato de Correa, acabaram se dividindo e um setor mudou de lado.
"Vou votar em Iza. Acho que ele é um cara inteligente, coerente entre o que diz e o que faz. Mas estou ciente de que ele não vai ganhar porque este país é muito racista para permitir que um indígena nos governe", diz a funcionária pública Andrea Castro, de 35 anos.
Dos três indígenas que foram candidatos à presidência desde 2002, o esquerdista Yaku Pérez foi o único que chegou perto nas urnas. Nas eleições de 2021, ficou em terceiro lugar com 19,39% dos votos, atrás do direitista Lasso, que passou com apenas 0,35% de diferença nos votos.
- Pela natureza -
A Constituição define o Equador como um Estado intercultural e plurinacional, referindo-se às 14 nacionalidades indígenas reconhecidas. A maioria está estabelecida em áreas rurais, onde a pobreza atinge 43% da população.
Em 2019, a waorani Nemonte Nenquimo, vencedora do Prêmio Goldman — conhecido como o Prêmio Nobel dos ambientalistas —, liderou uma batalha judicial que conseguiu proteger sua comunidade de 180.000 hectares no sudeste do país das empresas petrolíferas.
Anos depois, em 2023, povos originários e ambientalistas venceram um referendo para suspender a extração de petróleo em uma área da reserva amazônica Yasuní (leste), um triunfo considerado um exemplo global para a conservação da natureza.
"Se não fossem as mobilizações, que foram estigmatizadas como violentas, não teríamos conseguido deter o avanço das políticas neoliberais" no Equador, enfatiza Iza.
O candidato presidencial, que se define como cristão de esquerda, retoma as demandas dos indígenas: promover o desenvolvimento rural por meio de empréstimos a juros baixos, cancelamento da dívida, medidas protecionistas para a produção local, manter subsídios para os pobres e melhorar a qualidade de vida das comunidades indígenas.
K.Brown--BTB