Berliner Tageblatt - Guatemala receberá voos de estrangeiros deportados dos EUA

Guatemala receberá voos de estrangeiros deportados dos EUA
Guatemala receberá voos de estrangeiros deportados dos EUA / foto: © AFP

Guatemala receberá voos de estrangeiros deportados dos EUA

A Guatemala receberá 40% mais voos de deportados dos Estados Unidos, nos quais também serão incluídos imigrantes de outros países, informou o presidente guatemalteco Bernardo Arévalo nesta quarta-feira (5), após reunião com o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio.

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"Acordamos aumentar em 40% o número de voos de pessoas deportadas, tanto compatriotas quanto estrangeiros", que depois serão enviados a seus países, disse Arévalo em coletiva de imprensa conjunta com Rubio.

O secretário de Estado americano assinalou que é "sumamente importante" para os Estados Unidos a "disposição" da Guatemala de receber deportados estrangeiros, como fez o Panamá, que também se ofereceu para ser ponte para as deportações de imigrantes de outras nacionalidades.

"O presidente fez a oferta hoje, e vamos trabalhar nos detalhes de tudo isso. Propôs aumentar estes voos [de deportação] em 40%", disse Rubio.

Arévalo explicou que os detalhes do processo serão discutidos em mesas de trabalho binacionais nos próximos dias.

Rubio afirmou que a Guatemala é um local de origem, destino e trânsito de migrantes, por isso ofereceu o "apoio" de Washington para enfrentar a crise migratória.

Em 2024, a Guatemala recebeu 508 voos dos Estados Unidos com um total de 61.680 pessoas deportadas, entre homens, mulheres e crianças.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do país centro-americano, cerca de 3,2 milhões de guatemaltecos vivem nos Estados Unidos, centenas de milhares deles de forma irregular.

Rubio chegou à Guatemala na tarde de terça-feira, procedente da Costa Rica, após visitar El Salvador e Panamá, onde iniciou a viagem que será concluída nesta quinta-feira na República Dominicana.

Arévalo também anunciou a criação de uma "força-tarefa de controle e proteção" envolvendo policiais e militares nas fronteiras com El Salvador e Honduras, por onde costumam ingressar os migrantes a caminho dos Estados Unidos.

M.Odermatt--BTB