
-
Chefe da diplomacia do Irã viajará para Moscou antes de novas conversas com EUA
-
Capriles desafia boicote da oposição e disputará eleições legislativas na Venezuela
-
Trump e Bukele blindam aliança contra gangues
-
Rapper Diddy Combs declara-se inocente de novas acusações
-
Com dois gols de Julián Álvarez, Atlético vence Valladolid e se aproxima da Champions
-
Napoli vence e fica a três pontos da liderança na Itália
-
Americano acusado de agredir policial na Rússia irá para hospital psiquiátrico
-
Camisa de Doncic é a mais a vendida da NBA
-
Vaticano proclama o arquiteto catalão Gaudí 'venerável'
-
Universidade de Harvard rejeita exigências do governo Trump
-
Trump volta a atacar Zelensky, culpando-o por 'milhões' de mortes na invasão russa
-
Zuckerberg presta depoimento em processo contra Meta por compra do Instagram e WhatsApp
-
Nvidia fabricará integralmente nos EUA seus chips mais avançados para IA
-
Trump diz que ninguém 'está livre' de tarifas, mas mercados operam em alta
-
Santos demite técnico português Pedro Caixinha
-
Peso argentino se desvaloriza após suspensão do controle cambiário
-
Rússia afirma que bombardeou reunião do Exército ucraniano em Sumy no domingo
-
Trump "agradece" a Bukele, que está "disposto a ajudar" os EUA com imigração
-
Xi pede a Vietnã que faça oposição ao lado da China contra 'intimidação'
-
Kim Kardashian prestará depoimento em julgamento pelo roubo de suas joias em Paris
-
Hungria reforma Constituição para restringir direitos LGBTQIAPN+
-
Peso argentino se desvaloriza mais de 8% após suspensão do controle cambiário
-
Katy Perry realiza voo espacial com tripulação totalmente feminina
-
Começa processo contra a Meta por compra do Instagram e WhatsApp
-
Autor de incêndio à residência do governador da Pensilvânia é acusado de tentativa de homicídio
-
Katy Perry e noiva de Bezos vão ao espaço em um voo com tripulação 100% feminina
-
Bolsonaro enfrenta um pós-operatório 'muito delicado e prolongado'
-
China e Vietnã assinam acordos de cooperação durante visita de Xi Jinping a Hanói
-
Estudo examina efeito do ecstasy no trauma dos sobreviventes do ataque do Hamas
-
Vargas Llosa e seu tempo como jornalista na Agence France-Presse
-
'Um gênio das letras': as reações à morte de Mario Vargas Llosa
-
Trump recebe Bukele para fortalecer amizade e pacto migratório
-
Daniel Noboa e o desafio de apaziguar um Equador dividido após a reeleição
-
Atendimento psiquiátrico na Ucrânia à beira do colapso devido à guerra
-
Bolsonaro deixa UTI após cirurgia 'concluída com sucesso'
-
Chefe da diplomacia do Irã viajará para Moscou para discutir as negociações com EUA
-
Política, outra grande paixão de Mario Vargas Llosa
-
Trump diz que ninguém está livre de tarifas mas os mercados operam em alta
-
Principais obras do peruano Mario Vargas Llosa
-
Xi alerta que protecionismo 'não leva a lugar nenhum' no início de viagem pelo sudeste asiático
-
Ex-presidente sul-coreano nega insurreição em julgamento penal
-
As principais datas na vida de Mario Vargas Llosa
-
Noboa, o jovem presidente que conquistou o poder no Equador com a promessa de sufocar o narcotráfico
-
Bolsas asiáticas fecham em alta e mercados europeus seguem a tendência
-
Vargas Llosa, o último escritor do 'boom' latino-americano
-
Daniel Noboa é reeleito presidente do Equador; rival não admite derrota
-
Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel de Literatura, morre aos 89 anos
-
Cirurgia de Bolsonaro foi concluída com sucesso, anuncia Michelle
-
Noboa lidera segundo turno no Equador
-
Polícia dos EUA prende homem por incêndio na residência oficial de governador

Sobrevivente do campo nazista de Buchenwald recorda sua libertação 80 anos depois
Jacques Moalic, um ex-jornalista da Agence France-Presse (AFP), recorda com detalhes, aos seus 102 anos, a libertação do campo de concentração nazista de Buchenwald por tropas americanas em 11 de abril de 1945.
Em um encontro com a AFP, onde trabalhou durante 40 anos após a Segunda Guerra Mundial, o sobrevivente explica seus últimos meses em Buchenwald.
Cerca de 56.000 judeus, ciganos, homossexuais, presos políticos e prisioneiros soviéticos morreram ali entre 1937 e 1945. Outros 20.000 morreram no campo "anexo" de Mittelbau-Dora.
Moalic era um jovem combatente da Resistência em 1943 quando foi preso e forçado a subir em um trem. Tentou fugir pulando do comboio, mas foi capturado.
Em dezembro daquele ano, o levaram a Buchenwald, localizado em uma colina próxima à localidade alemã de Weimar e acabou no barracão 34.
No inferno do campo de concentração, os prisioneiros depositaram suas esperanças nas forças aliadas, que desembarcaram nas praias da Normandia em 6 de junho de 1944.
- Envio a Ohrdruf -
A libertação de Paris em agosto de 1944 levantou seu ânimo.
"Nos campos de concentração, as pessoas recuperaram a coragem. Elas diziam umas às outras: seremos livres no Natal. Eu realmente não acreditava nisso, mas estava certo", lembra Moalic, em seu apartamento em Paris.
Ao ver que as tropas aliadas não haviam chegado no final do ano, muitos começaram a perder a esperança.
Em janeiro de 1945, foi enviado ao campo de concentração de Ohrdruf.
"Em janeiro, acredito que foi no dia 8, nos reúnem de forma inesperada. O oficial da SS passa entre as fileiras anotando os números. Entre 800 e 900 de nós íamos partir para um campo que ninguém conhecia", recorda.
O futuro correspondente da AFP no Congo, Argel e Hanói foi aconselhado a tentar ser retirado da lista se quisesse viver.
"Mas eu estava nela e não havia escapatória. Acabamos em Ohrdruf", destaca.
Ali obrigavam os prisioneiros a cavar túneis subterrâneos "dia e noite" e Moalic pensava que morreria.
"Me disse: Se me acordam às quatro ou cinco da madrugada e volto às dez da noite, durarei 15 dias... Pela primeira vez, pensei que talvez não voltasse", acrescenta.
Mas, ao invés disso, o destinaram à instalação de eletricidade nos estábulos. Isso "salvou a minha vida".
O homem também dormiu em antigos alojamentos do então Exército alemão Wehrmacht, enquanto outros prisioneiros estiveram expostos a temperaturas de 15 graus abaixo de zero. Muitos morreram.
- Marcha da morte -
"É claro, sabíamos há tempos que os russos e os aliados estavam avançando. Mas há uma grande grande diferença entre 'estão avançando' e 'estão aqui'", explica.
Mas um dia, enquanto os oficiais passavam a lista aos presos, escutaram um som novo -- "artilharia, canhões" - e perceberam que os aliados estavam perto.
"Nos olhamos uns para os outros e se fez um silêncio extraordinário", afirma.
Em 1945, a Páscoa caiu em 1° de abril. Nesse dia não trabalharam. Então lhes disseram que iam ser evacuados.
Eles receberam a ordem de marchar em colunas de 1.000 pessoas, sem saber seu destino final, por uma paisagem montanhosa.
“Estava chuviscando (...) Caminhamos assim por três ou quatro dias”, descreve ele.
Ohrdruf tinha sido pior do que Buchenwald e os prisioneiros estavam exaustos, alguns “meio mortos”. Qualquer um que caísse no caminho era fuzilado.
Muitos perderam suas vidas durante a marcha da morte, diz Moalic.
"Chegamos à estação de trem de Weimar e então eles começaram a subir em direção a Buchenwald. Eram cerca de seis ou sete quilômetros. Havia 72 cadáveres", enfatiza.
- Libertação -
Os prisioneiros chegaram a Buchenwald ao anoitecer.
"Nos contaram de cinco em cinco, segundo o procedimento. Estávamos entre 3.000 e 4.000 na praça, nus, sem nada", afirma.
Um homem o reconheceu e o levou de volta ao barracão 34. "Eu estava coberto de piolhos".
Os americanos se aproximavam cada vez mais.
"Em 11 de abril, havia muito nervosismo no campo", descreve Moalic.
Os prisioneiros não sabiam se os libertariam ou os matariam.
"Os SS começaram a esvaziar o campo, barracão por barracão, e enviavam cada grupo à estação de Weimar, onde vagões asquerosos lhes esperavam".
Os prisioneiros que ficavam se prepararam para um possível combate. Mas "de repente, uma unidade americana chegou".
"Os SS não lutaram, preferiram fugir. Alguns minutos depois, já estávamos do lado de fora", explica.
Em um relato publicado em 1985, Moalic recordou um "lindo dia para os internos do campo de concentração de Buchenwald, o primeiro dia bonito desde 1937, quando Heinrich Himmler o inaugurou.
D.Schneider--BTB