- Talibãs proíbem construir janelas onde mulheres possam ser vistas
- Pássaros, pesadelo dos pilotos, estão por trás de muitos acidentes aéreos
- Djokovic critica falta de transparência nos casos de doping
- Azerbaijão acusa Rússia de tentar esconder causas de acidente aéreo
- Turistas americanos no Panamá rebatem Trump: 'o canal é panamenho'
- Comoção e lágrimas no aeroporto de Muan após trágico acidente de avião na Coreia do Sul
- Autópsia de ex-ditador do Suriname revela morte por 'insuficiência hepática'
- O que se sabe sobre o acidente de um avião que deixou quase 180 mortos na Coreia do Sul
- Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 179 mortos e dois sobreviventes
- Ondas intensas atingem costas do Peru e do Equador
- Croatas votam com o presidente Milanovic como favorito
- Novo presidente da Geórgia toma posse questionado pela oposição pró-europeia
- Acidente de avião na Coreia do Sul deixa mais de 160 mortos
- Trump alinha-se com Musk e apoia vistos para trabalhadores qualificados nos EUA
- Ondas gigantes deixam um morto no Equador e portos fechados no Peru
- LeBron James comemora seus 40 anos em meio a um futuro incerto
- Atalanta empata no fim cobntra Lazio e salva liderança; Inter fica a um ponto
- Putin pede desculpas ao Azerbaijão por queda de avião sem aceitar responsabilidade russa
- Kyrgios diz que casos de doping de Sinner e Swiatek são "repugnantes"
- Israel confirma fim de operação em hospital de Gaza e que prendeu diretor da instituição
- Líder isolado, Liverpool de Arne Slot fecha 2024 com visita ao West Ham
- Putin admite que sistema antiaéreo russo estava ativo no momento da queda de avião no Cazaquistão
- Argentina vence Austrália na United Cup de tênis; Grécia bate Espanha
Israel confirma fim de operação em hospital de Gaza e que prendeu diretor da instituição
O exército israelense anunciou neste sábado (28) o fim de uma operação em um importante hospital da Faixa de Gaza, onde afirma que havia um centro de comando do Hamas, e a detenção do diretor da instituição, agora desativada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, era o último grande hospital em funcionamento no norte da Faixa de Gaza, cercada e devastada por mais de um ano de guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
Agora o centro médico está "vazio" e "fora de serviço", informou a OMS.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Israel acusa os combatentes do Hamas de utilizarem os hospitais como base para preparar e lançar ataques, algo que o grupo islamista nega.
O exército israelense lançou na sexta-feira uma operação contra o hospital Kamal Adwan, utilizado "como esconderijo pelos terroristas", afirmou.
"O exército e os serviços de inteligência terminaram uma operação seletiva contra um centro de comando do Hamas no hospital Kamal Adwan", informou em comunicado.
"As forças prenderam mais de 240 terroristas nos arredores", acrescentou.
O exército também confirmou a prisão do diretor da instituição, Hosam Abu Safiya, "suspeito de ser um terrorista do Hamas".
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, os soldados israelenses levaram "dezenas de membros da equipe médica do hospital Kamal Adwan", incluindo o médico Abu Safiya, para serem interrogados.
- "Nus" -
"A ocupação [israelense] destruiu totalmente a infraestrutura médica, humanitária e de resgate no norte da Gaza", denunciou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal, em declarações à AFP, precisando que o responsável local pelos socorristas também havia sido preso.
Mohammed, uma testemunha que não quis revelar seu sobrenome, afirmou à AFP que o exército "pediu a todos os homens para se despirem antes de saírem do hospital e se dirigirem a uma escola usada como centro de detenção e interrogatório".
"Os soldados nos fizeram perguntas sobre combatentes da resistência, Hamas, as armas e as pessoas que gravavam os bombardeios", acrescentou este homem de 48 anos, que foi detido e posteriormente liberado.
A OMS também relatou acusações de que "várias pessoas haviam sido despidas e forçadas a caminhar para o sul" do enclave.
A agência da ONU acrescentou que, na noite de sexta-feira, "os 15 pacientes críticos que ainda estavam [no hospital], 50 auxiliares e 20 trabalhadores de saúde foram transferidos para o hospital indonésio [em Jabaliya], que carece de equipamentos e suprimentos necessários para fornecer o atendimento adequado".
A OMS afirmou estar "consternada" pelo ataque israelense e disse que perdeu o contato com o diretor do hospital.
Israel intensificou sua ofensiva terrestre e aérea no norte da Faixa de Gaza desde 6 de outubro para impedir, segundo o exército, que os combatentes do Hamas se reorganizem.
Com esse objetivo, o exército afirmou ter lançado na manhã de sexta-feira uma operação perto do hospital Kamal Adwan, um importante estabelecimento de uma Gaza sitiada e com serviços de saúde devastados.
- 48 mortos em Gaza em 24 horas -
O médico Abu Safiya vinha alertando há vários dias que o hospital estava sendo alvo das tropas israelenses.
"A situação é catastrófica, não há mais serviço médico, ambulâncias ou socorristas no norte" de Gaza, declarou à AFP uma testemunha, Amar al Barsh, de 50 anos.
A Defesa Civil também relatou nove mortos em um bombardeio israelense contra uma casa no centro da Faixa.
Israel anunciou na tarde deste sábado que interceptou "dois projéteis" disparados do norte de Gaza contra seu território, e alarmes foram acionados nas regiões de Jerusalém, Neguev e Sefelá.
Pelo menos 48 palestinos morreram em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza nas últimas 48 horas, segundo o Ministério da Saúde do território.
A guerra em Gaza foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islamistas mataram mais de 1.200 pessoas no sul de Israel, em sua maioria civis, e sequestraram 251, de acordo com um balanço baseado em números oficiais israelenses.
A campanha militar lançada em represália por Israel já deixou 45.484 mortos em Gaza, a maior parte civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
P.Anderson--BTB