- Filme de 'Game of Thrones' está em fase de desenvolvimento
- Kamala e Trump cortejam eleitores latinos a cinco dias das eleições
- Acusado de liderar organização criminosa, rapper Young Thug declara-se culpado
- Elon Musk usa fortuna para ajudar Trump
- Assassinos de Marielle Franco são condenados a 78 e 59 anos de prisão
- Tensão marca reta final da COP16, em Cali
- África do Sul, Vaticano e Catar mediarão devolução de crianças ucranianas da Rússia
- Alcaraz cai nas oitavas do Masters 1000 de Paris; Tsitsipas avança
- Julián Álvarez salva Atlético de Madrid contra o Vic na Copa do Rei
- Educação na Venezuela: um desafio diante de três milhões de crianças sem aulas
- Hamilton acredita que Norris pode tirar título da F1 de Verstappen
- Kamala e Trump cortejam os latinos a cinco dias das eleições
- Conselho de Segurança da ONU pede solução política 'realista' no Saara Ocidental
- Norris espera 'batalha mais limpa' com Verstappen no GP do Brasil
- Venezuela ratifica como procurador-geral funcionário sancionado pelos EUA
- Após pesadelo no México, Verstappen quer encaminhar título no GP do Brasil
- 'Inundações do século' deixam mais de 150 mortos e dezenas de desaparecidos na Espanha
- Cubanos cultivam amor pelas radionovelas em tempos de internet
- Cientistas questionam o 'teorema do macaco infinito'
- Unesco aponta recorde de crianças escolarizadas no mundo
- Mais de 150 mortos pelas 'inundações do século' na Espanha
- Panamá adverte para multa de 28 mil reais para migrantes que cruzarem o Darién
- Trégua com Hezbollah deve garantir a segurança de Israel, diz Netanyahu
- Tsitsipas vence Cerúndolo e vai às quartas do Masters 1000 de Paris
- Barcelona renova com Fermín López até 2029
- Lenda da NBA, Yao Ming deixa presidência da Federação Chinesa de Basquete
- Lama, dor e destruição em Paiporta, cidade espanhola arrasada pelas inundações
- Jogos de Real Madrid e Villarreal são adiados devido a inundações na Espanha
- Inflação na zona do euro registrou aumento de 2% em outubro
- Inflação nos EUA cai a 2,1% em 12 meses em setembro (PCE)
- Retórica agressiva contra imigrantes na campanha dos EUA os empurra para o caminho legal
- Enviados americanos visitam a Israel para buscar trégua no Líbano e em Gaza
- Cochabamba, o 'celeiro da Bolívia' cercado pelos bloqueios
- Kamala e Trump focam em latinos e migração a cinco dias das eleições
- ONU alerta para agravamento da fome em Gaza e no Haiti nos próximos meses
- Reino Unido reluta em pagar compensações financeiras a ex-colônias
- Coreia do Norte lança míssil balístico após acusações de envio de soldados à Rússia
- Hello Kitty comemora 50 anos de existência
- Recontagem parcial das legislativas na Geórgia confirma vitória do governo
- Dentes, lábios, seios: Albânia vive o auge do turismo estético
- Espanha prossegue com as buscas por vítimas após 'inundações do século'
- Negociações estagnadas na reta final da COP16 da biodiversidade
- Botafogo perde para o Peñarol (3-1) mas vai à final da Libertadores-2024
- Botafogo e Atlético-MG disputarão a 6ª final brasileira da história da Libertadores
- Presidente exige 'suspensão imediata' de bloqueios na Bolívia
- Começa julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco
Reino Unido reluta em pagar compensações financeiras a ex-colônias
Pressionado por suas ex-colônias a refletir sobre possíveis reparações pela escravidão, o Reino Unido começou a fazer um exame de consciência sobre seu comportamento em relação aos países de seu antigo império, mas ainda reluta em falar sobre possíveis compensações financeiras.
“Alguns segmentos da sociedade [britânica] podem ser a favor, mas outros, a maioria, se opõem fortemente”, disse à AFP o historiador Sascha Auerbach, diretor do Instituto para o Estudo da Escravidão da Universidade de Nottingham.
Reunidos em uma cúpula em Samoa, os países-membros da Commonwealth, a organização formada principalmente por ex-colônias britânicas, convocaram pela primeira vez no fim de semana passado a antiga potência imperial a refletir sobre possíveis reparações financeiras, argumentando que “chegou a hora”.
Esses países, principalmente africanos e caribenhos, querem que o Reino Unido e outras potências europeias paguem uma compensação financeira pela escravidão ou, pelo menos, façam gestos políticos.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, do Partido Trabalhista, ex-advogado de direitos humanos, rejeitou ambas as solicitações, dizendo que prefere “olhar para o futuro”.
- Risco político -
Para Alan Lester, historiador da Universidade de Sussex, o primeiro-ministro poderia ver os pedidos de indenização como um risco político, pois Starmer “deve pensar que a sociedade não está pronta para iniciar esse debate”, poucos meses após os tumultos provocados por indivíduos de extrema direita no norte da Inglaterra.
A questão divide a sociedade britânica. Antes de chegar ao poder em julho, os trabalhistas sempre se declararam abertos ao debate, mas os conservadores o rejeitam totalmente.
Um dos candidatos a substituir Rishi Sunak como líder do Partido Conservador, Robert Jenrick, afirma que criticar o Império Britânico é uma forma de antipatriotismo.
“Os territórios colonizados não eram democracias avançadas. Muitos deles tinham sido potências cruéis envolvidas no comércio de escravos”, disse Jenrick ao Daily Mail.
“O Império Britânico quebrou a longa cadeia de tirania ao introduzir, de forma progressiva e imperfeita, os valores cristãos", acrescentou.
A própria questão do valor a ser calculado como compensação financeira é problemática.
Um relatório de 2023, de coautoria de um juiz da ONU, Patrick Robinson, concluiu que o Reino Unido deve mais de 18 bilhões de libras (cerca de US$ 23,38 bilhões) a 14 países em reparações.
Esse valor leva em conta os salários não pagos aos escravos, o trauma causado e os danos aos descendentes, de acordo com o historiador Alan Lester.
Os países da Commonwealth não forneceram nenhuma cifra. “É altamente improvável que eles exijam esse valor”, diz Lester.
Em vez de dinheiro, “eles querem que o Reino Unido assuma suas responsabilidades”, diz Sascha Auerbach.
- Capacidade -
Para muitos britânicos, um pedido público de desculpas poderia levar a uma ação legal contra o Reino Unido.
Mas já existe uma potência colonial, os Países Baixos, observa Sascha Auerbach, que estabeleceu um precedente, com o pedido oficial de desculpas pela escravidão feito em 2023 pelo ex-primeiro-ministro Mark Rutte e pelo rei Willem-Alexander.
A monarquia britânica está relutante em dar esse passo. Em sua viagem ao Quênia em 2023, o rei Charles III expressou, no entanto, sua “profunda tristeza” pelos “atos odiosos e injustificáveis” cometidos durante a colonização.
É “uma questão delicada”, diz Pauline MacLaran, professora da Royal Holloway University, em Londres, para quem a família real foi “habilidosa” ao lidar com o assunto.
“Há uma consciência real da questão no Reino Unido, ao contrário de outros países, como França e Espanha”, diz Sascha Auerbach.
A Igreja da Inglaterra emitiu um pedido oficial de desculpas em 2020 e o National Trust, uma instituição britânica criada para proteger o patrimônio monumental do Reino Unido, publicou um relatório em 2020 expondo as ligações entre as propriedades que administra e o colonialismo.
K.Brown--BTB